Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 3 de 3
Filtrar
Adicionar filtros








Tipo de estudo
Intervalo de ano
1.
São Paulo; s.n; 2024. 143 p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1537991

RESUMO

Introdução: Ainda que fundamental para acompanhamento e diagnóstico da situação alimentar e nutricional da população brasileira, o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) tem sido subutilizado, principalmente com relação aos registros de consumo alimentar. Objetivo: Investigar a tendência temporal da cobertura e estratégias para utilização de marcadores do consumo alimentar do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, entre 2015 e 2019, na Atenção Primária à Saúde do Sistema Único de Saúde. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de caráter misto. Primeiramente, foi realizado estudo ecológico de séries temporais, para estimar a cobertura populacional e Taxa de Incremento Anual (TIA) do registro de marcadores do consumo alimentar do Sisvan nacionalmente, entre 2015 e 2019, segundo entrada de dados via Estratégia e-SUS APS e Sisvan Web. A TIA da cobertura foi calculada utilizando regressão de Prais-Winsten e sua correlação com IDH, PIB per capita e cobertura da APS foi avaliada. Sequencialmente, para explorar barreiras e facilitadores para utilização dos marcadores do consumo alimentar do Sisvan, elaborou-se um roteiro para grupos focais a partir da análise descritiva de respostas de profissionais da APS a um questionário eletrônico com perguntas objetivas e subjetivas sobre a temática. Conduziram-se 10 grupos focais em plataforma online envolvendo 34 profissionais em cargos de assistência à saúde e de gestão do Sisvan, de todas as macrorregiões brasileiras, cujas transcrições passaram por análise de conteúdo temática de caráter indutiva. O livro de códigos foi aplicado no corpus por dois pesquisadores e discordâncias foram discutidas, com concordância satisfatória (Kappa=0,87). Resultados: Houve aumento significante do registro de marcadores do consumo alimentar no país desde 2015 (TIA: +45,63%), mas a cobertura populacional ainda é incipiente (0,92% da população residente total em 2019), com diferenças relevantes entre grupos etários. As tendências foram consistentemente crescentes para a entrada de dados via e-SUS APS, em detrimento do Sisvan Web. A TIA da cobertura via e-SUS APS esteve positivamente correlacionada com IDH e PIB per capita em alguns recortes etários. A partir dos grupos focais, fatores como estrutura dos formulários, manuseio das plataformas digitais e infraestrutura dos serviços de saúde emergiram como barreiras ou facilitadores potenciais para uso dos marcadores. Dificuldades na interação com usuários, falta de sensibilização dos profissionais e insegurança alimentar e nutricional constituíram barreiras adicionais. Por outro lado, constatou-se que a utilização por qualquer profissional de saúde e as condicionalidades com políticas públicas facilitam a utilização dos marcadores. Os grupos focais mostraram-se espaço de troca de experiências entre profissionais e compartilhamento de estratégias para ampliação do uso dos formulários, incluindo matriciamento, técnicas para condução dos marcadores nos serviços de saúde, apoio profissional para digitação de formulários e ampliação da divulgação dos dados. Conclusões: A cobertura populacional do registro de marcadores do consumo alimentar do Sisvan ainda é baixa, mas o e-SUS APS parece ser uma via relevante para sua expansão. A abordagem de estratégias pode estimular o trabalho de equipes da APS, destacando-se a pertinência do compartilhamento de experiências entre contextos distintos para fortalecer o monitoramento do consumo alimentar no SUS.


Introduction: Although essential for monitoring and diagnosing the food and nutrition situation of the Brazilian population, the Food and Nutrition Surveillance System (Sisvan) has been underutilized, especially with regard to food consumption records. Objective: To investigate the temporal trend of coverage and strategies for the use of food intake markers from the Food and Nutrition Surveillance System, between 2015 and 2019, in Primary Health Care (PHC) of the Unified Health System (SUS). Methods: This is a mixed-methods study. Firstly, an ecological time series study was conducted in order to estimate the population coverage and Annual Percentage Change (APC) of the Sisvan food intake markers registry nationally, between 2015 and 2019, according to data entry via the e-SUS PHC Strategy and Sisvan Web. The APC of coverage was calculated using Prais-Winsten regression and its correlation with HDI, GDP per capita and PHC coverage was evaluated. Sequentially, to explore barriers and facilitators to the use of Sisvan food intake markers, a script was drawn up for focus groups based on the descriptive analysis of responses from PHC professionals to an electronic questionnaire with objective and subjective questions on the subject. Ten focus groups were held on an online platform involving 34 professionals in health care and Sisvan management positions from all Brazilian macro-regions, the transcripts of which were subjected to inductive thematic content analysis. The codebook was applied to the corpus by two researchers and disagreements were discussed, with satisfactory agreement (Kappa=0.87). Results: There has been a significant increase in the recording of food intake markers in the country since 2015 (APC: +45.63%), however population coverage is still incipient (0.92% of the total resident population in 2019), with relevant differences between age groups. The trends were consistently increasing for data entry via e-SUS PHC, to the detriment of Sisvan Web. The APC of coverage via e-SUS PHC was positively correlated with HDI and GDP per capita in some age groups. From the focus groups, factors such as the structure of the forms, handling of the digital platforms and the infrastructure of the health services emerged as potential barriers or facilitators to the use of the markers. Difficulties in interacting with users, lack of sensitivity among professionals and food and nutritional insecurity were additional barriers. On the other hand, it was found that use by any health professional and conditionalities with public policies facilitate the use of the markers. The focus groups proved to be a space for professionals for exchanging experiences and sharing strategies for expanding the use of the forms, including matrix support, techniques for using the markers in health services, professional support for typing up the forms and expanding the dissemination of data. Conclusions: Population coverage of the Sisvan food intake marker registry is still low, but e-SUS PHC seems to be a relevant way of expanding it. The approach of strategies can stimulate the work of PHC teams, highlighting the relevance of sharing experiences between different contexts to strengthen the monitoring of food consumption in the SUS.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Atenção Primária à Saúde , Vigilância Alimentar e Nutricional , Grupos Focais , Sistemas de Informação em Saúde , Fatores de Tempo , Brasil , Ingestão de Alimentos
2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(3): 921-934, Mar. 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1421186

RESUMO

Resumo O objetivo deste estudo foi estimar a cobertura populacional e a taxa de incremento anual (TIA) média, em âmbito nacional, do registro de marcadores do consumo alimentar do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), entre 2015 e 2019, considerando a entrada dos dados via Estratégia e-SUS APS e Sisvan Web. Trata-se de estudo ecológico de séries temporais, com estratificação por macrorregiões e faixas etárias. A TIA da cobertura foi calculada utilizando regressão de Prais-Winsten e a correlação com IDH, PIB per capita e cobertura da APS foi avaliada por teste de Spearman. A cobertura populacional do registro de marcadores de consumo alimentar no país foi de 0,92% em 2019, com TIA significante de 45,63% desde 2015. As maiores coberturas foram observadas na região Nordeste (4,08%; TIA=45,76%, p<0,01) e em crianças entre 2 e 4 anos (3,03%; TIA=34,62%, p<0,01). Houve tendência crescente para a entrada dos dados via e-SUS APS, em detrimento do Sisvan Web. A TIA da cobertura dos registros via e-SUS APS exibiu correlação positiva com IDH e PIB per capita em alguns recortes etários. A cobertura populacional do registro de marcadores de consumo alimentar do Sisvan ainda se mostra incipiente no país e o e-SUS APS parece ser uma estratégia relevante para sua expansão.


Abstract The aim of the present study was to estimate the population coverage of recording food intake markers in Brazil's Food and Nutrition Surveillance System (Sisvan) and mean annual percent change (APC) in coverage according to the system used for data entry (e-SUS APS and Sisvan Web). We conducted an ecological time series study of the period 2015-2019. The data were stratified into region and age group. APC in coverage was calculated using Prais-Winsten regression and the correlation between APC and HDI, GDP per capita and primary healthcare coverage was assessed using Spearman's correlation coefficient. Population coverage of recording food intake markers at national level was 0.92% in 2019. Mean APC in coverage throughout the period was 45.63%. The region and age group with the highest coverage rate were the Northeast (4.08%; APC=45.76%, p<0.01) and children aged 2-4 years (3.03%; APC=34.62%, p<0.01), respectively. There was an upward trend in data entry using e-SUS APS, to the detriment of Sisvan Web. There was a positive correlation between APC in coverage using e-SUS APS and HDI and GDP per capita in some age groups. Population coverage of recording Sisvan food intake markers remains low across the country. The e-SUS APS has the potential to be an important strategy for expanding food and nutrition surveillance.

3.
Saúde debate ; 46(spe5): 270-283, out.-dez. 2022. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1424540

RESUMO

RESUMO A alimentação adequada e saudável é crucial para o desenvolvimento infantil, principalmente nos primeiros mil dias de vida. Sendo a alimentação não saudável um fator de risco modificável para doenças e desnutrição, ações que promovam as orientações do 'Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos' são necessárias. O presente relato compartilha o processo de planejamento, construção, divulgação, oferecimento e avaliação de uma oficina virtual para profissionais da Atenção Primária à Saúde no Acre, Amazônia Ocidental brasileira, com destaque para os desafios encontrados e as lições aprendidas. A oficina contou com 170 inscritos e foi assíncrona para facilitar o acesso dos participantes diante da baixa disponibilidade de tempo e instabilidade do sinal de internet na região. O uso de diferentes ferramentas virtuais favoreceu o diálogo entre os participantes e as coordenadoras da oficina. Participantes relataram preferir vídeos curtos com animações, e os conteúdos considerados mais importantes abordaram avaliação antropométrica, processamento e classificação de alimentos e desafios da alimentação. Ressalta-se a importância das parcerias com secretarias de saúde para o adequado planejamento e divulgação da oficina, e da colaboração de pesquisadoras e profissionais da área para a definição e elaboração de conteúdo relevante.


ABSTRACT Adequate and healthy nutrition is crucial for child development, especially in the first 1,000 days of life. Since unhealthy eating is a modifiable risk factor for diseases and malnutrition, actions that promote the guidelines of the 'Food guide for Brazilian children under 2 years old' are necessary. This report shares the process of planning, building, disseminating, offering, and evaluating a virtual workshop for professionals in Primary Health Care in Acre, Western Brazilian Amazon, highlighting the challenges encountered and lessons learned. The workshop had 170 participants and was asynchronous to facilitate access for participants given the low availability of time and instability of the internet signal in the region. The use of different virtual tools favored dialogue between the participants and the workshop coordinators. Participants reported preferring short videos with animations, and the content considered most important addressed anthropometric assessment, food processing and classification, and food challenges. The importance of partnerships with health departments is highlighted for the adequate planning and dissemination of the workshop, and the collaboration of researchers and professionals in the field for the definition and elaboration of relevant content.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA