RESUMO
Cinqüenta gestantes compressao arterial diastólica maior ou igual a 110 mmHg foram submetidas a estudo prospectivo, randomizado e duplo-cego com o objetivo de comparar os efeitos de dois hipotensores, a hidralazina e a nifedipina, no tratamento das emergências hipertensivas na gestaçao. Vinte e cinco pacientes receberam 5mg endovenoso de hidralazina e um placebo correspondente a nifedipina por via oral e, as demais, o inverso. A reduçao dos níveis pressóricos e a vitalidade fetal através da cardiotocografia anteparto foram avaliadas durante os períodos pré e pós-droga, além da ocorrência de efeitos colaterais. Ambas as drogas promoveram reduçao lenta e progressiva da pressao arterial. Os efeitos colaterais mais observados com a nifedipina foram rubor facial e tonturas e, com a hidralazina, palpitaçoes. Os registros cardiotocográficos mostraram-se intalterados após a ministraçao dos anti-hipertensivos, na maioria dos casos. Os autores concluem que as duas drogas foram eficazes, sendo a nifedipina uma alternativa útil e segura, por via oral, no tratamento da hipertensao severa, na gravidez.