RESUMO
O objetivo desse trabalho foi levantar e discutir as controvérsias na literatura, esclarecendo o motivo de não se poder relacionar a flexibilidade como um fator de risco para lesões. Métodos: O estudo foi uma revisão bibliográfica, analisando estudos clínicos sobre o efeito do nível de flexibilidade disponível na prevenção de lesões, encontrados a partir de 1991. Para discussão foi utilizada bibliografia relevante de autores que estudam a flexibilidade. Resultados: Foram obtidos 10 estudos clínicos, sendo que, 7 estudos colocam a flexibilidade como um fator de risco para lesões enquanto 3 relatam não existir evidências. Conclusão: Problemas envolvendo a validade interna dos estudos, incoerências e falta de evidências dos parâmetros utilizados para mensurar o nível de flexibilidade disponível e das teorias que explicam os mecanismos envolvidos na flexibilidade demonstra que, infelizmente, ainda não se pode saber se o nível de flexibilidade disponível é um fator de risco para lesões.
The aim of this review was to get divergences that explain why there isnt evidence about flexibility on injuries. It was a narrative review getting and discussing clinical trials found since 1991 to the methodology explaining why there isnt evidence about the effect of the individual available flexibility on injuries. Relevant books and reviews from experts in the subject were used to discussion. About the 10 clinical trials found, 7 put flexibility as a risk factor for injuries while others 3 concluded that there arent facts that prove it. Internal validity, non-evidential controversial variables and theories to explain the flexibility mechanisms show why is not possible relate flexibility as a risk factor for injuries.