RESUMO
Frente aos desafios para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) e o reconhecimento da Atenção Básica (AB) como porta de entrada preferencial e ordenadora da rede de atenção, esse artigo trata do acolhimento na AB como dispositivo da Política Nacional de Humanização (PNH) reorientador da atenção e da gestão do cuidado na produção de saúde. Por meio de revisão bibliográfica, documentação, questionários, entrevistas e análise de dados constatou-se que significativo investimento da gestão na busca pela mudança no modelo de atenção entre 2009 e 2016 repercutiu na ampliação e qualificação do acesso, no fortalecimento de vínculos e na capacidade resolutiva. Reforçando a indissociabilização entre gestão e atenção, o acolhimento se apresentou capaz de contribuir na mudança dos processos de trabalho e no modelo de atenção no marco da AB e na consolidação do SUS. A preocupação com a aplicabilidade e o diálogo permeou todas as etapas da pesquisa a fim de contribuir em ações e atividades envolvendo a AB e a rede municipal, tais como: inserção do tema e participação na formação dos profissionais da Residência Multriprofissional em Saúde da Família; estratégias de implantação de Núcleos de Regulação nas UBS; além da elaboração de uma Mostra Municipal de Saúde coordenada pela primeira autora cujo tema central trata da importância da articulação em rede na integralidade do cuidado.
Assuntos
Humanos , Atenção Primária à Saúde , Sistema Único de Saúde , AcolhimentoRESUMO
Introdução e justificativa: A Constituição Federal de 1988 estabelece saúde como direito do cidadão e dever do Estado e criou o Sistema Único de Saúde (SUS). Estudos afirmam a importância da Atenção Primária à Saúde como estruturante de sistemas universais e no Brasil a Política Nacional de Atenção Básica a considera como coordenadora das redes de serviços...(AU).