RESUMO
RESUMO Objetivo Investigar os sintomas de transtorno de ansiedade social (TAS) entre os estudantes de Medicina do Centro Universitário Christus (Unichristus), instituição que adota o método de Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). Métodos Estudo transversal com 431 estudantes do primeiro ao quarto ano do curso de Medicina, por meio da aplicação da Escala de Ansiedade Social de Liebowitz (LSAS-SR), do Inventário de Ansiedade de Beck de Avaliação de Ansiedade, além de questionário com perguntas referentes a questões sociodemográficas, história familiar de doenças psiquiátricas, acompanhamento psicoterápico e psiquiátrico, nível de ansiedade para se expressar na tutoria e percepção de como a ansiedade variou ao longo dos semestres da faculdade. Resultados Utilizando-se a LSAS-SR como instrumento de triagem para casos de TAS, encontraram-se escores sugestivos do transtorno em 59,2% (255) dos estudantes. Em relação ao nível de ansiedade, o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) evidenciou que 59,3% (258) dos estudantes apresentaram nível de ansiedade mínimo; 26,6% (115), nível leve; 9,7% (42), nível moderado; e 4,4% (19), nível grave. Observou-se uma correlação significativa entre os escores obtidos nas escalas BAI e LSAS-SR: estudantes com sintomas sugestivos de ansiedade social apresentaram maior grau de ansiedade. Além disso, estudantes com sintomas de ansiedade social relataram maior nível de ansiedade para se expressar durante as sessões de tutoria. Conclusão A elevada prevalência de TAS apontada nesta investigação já justifica o estímulo à adoção de medidas psicoeducativas e estratégias pedagógicas que venham a auxiliar os estudantes com manifestações de ansiedade social a reduzir esses sintomas, favorecendo o processo de ensino-aprendizagem.
ABSTRACT Objective To investigate the symptoms of social anxiety disorder (SAD) among medical students of the Christus University Center (Unichristus), an institution that adopts the problem-based learning (PBL) method. Methods A cross-sectional study with 431 students in their first to fourth years of Medical School, through the application of the Liebowitz Social anxiety scale (LSAS-SR), Beck's anxiety Inventory, and a questionnaire with questions concerning sociodemographic issues, family history of psychiatric disorders, psychiatric appointments, level of anxiety when expressing themselves in tutorials, and the perception of how their anxiety varied throughout the college semesters. Results Using the LSAS-SR as a screening tool for cases of SAD, there were indications of the disorder in 59.2% (255) of the students. In relation to the level of anxiety, the Beck's anxiety inventory (BAI) showed that 59.3% (258) of the students presented minimal anxiety, 26.6% (115) presented light anxiety, 9.7% (42) presented moderate anxiety, and 4.4% (19) presented severe anxiety. A significant correlation was observed between the scores obtained in the BAI and LSAS-SR scales: students with symptoms suggesting social anxiety showed a greater degree of anxiety. Also, students with symptoms of social anxiety reported higher levels of anxiety when expressing themselves during tutorials. Conclusions The high prevalence of SAD pointed out in this research justifies stimulating the adoption of psycho-educational measures and pedagogical strategies that will help students with the manifestations of social anxiety, reduce these symptoms, and promote the teaching-learning process.