RESUMO
De 1981 a 1984, 207 doentes com malária, causada pelo Plasmodium falciparum, foram tratados com 5 esquemas de clindamicina: A - 89 doentes tratados com 20 mg/Kg/dia, pelas vias endovenosa e oral, ou intramuscular e oral, em duas aplicaçöes diárias, durante 5 a 7 dias; B - 40 doentes tratados com 20 mg/Kg/dia, por via oral, em duas tomadas diárias, durante 5 a 7 dias; C - 27 doentes tratados com 20 mg/Kg/dia, por vía oral ou endoou endo%ou, endovenosa, em duas tomadas diárias, durante 3 dias; D; - 16 doentes tratados com 20 a 40 mg/Kg/dia, por via oral, e/ou, endovenosa, em uma única dose diária, durante 5 a 7 dias; E - 35 doentes tratados com 5 mg/Kg/dia, pro via oral, em duas doses diárias, durante 5 dias. Os doentes foram examinados, diariamente, durante o tratamento e reexaminados no 7§, 14§, 28§, e 35< dias, tanto pelo exame clínico, quanto pelo parasitológico de sangue. Oitenta e três (40,1%) tinham malária moderada ou grave e 97 (46,8%) tinham apresentado resistência a cloroquina, ou a associaçäo sulfadoxina e pirimetamina. Os resultados mostraram que a proporçäo de curados foi superior a 95% nos doentes tratados pelos esquemas A e B. Os efeitos colaterias observados foram ocasionais e de pequena intensidade. houve três casos de óbito (1,4%), dois dos quais atendidos desde o início com quadro muito grave. A clindamicina portando, mostrou ser muito útil no tratamento de doentes com malária pelo Plasmodium falciparum; recomenda-se o esquema A para os casos moderados e o B para os benignos