Lesões por acidentes de trabalho: revisão de um ano em Santa Maria, RS / Occupational accidents lesions: one year revision in Santa Maria, RS

Os autores buscam um maior conhecimento das características de lesões produzidas pelos acidentes de trabalho registrados nas Pastas de Acidentados do Instituto Nacional de Seguridade Social na cidade de Santa Maria, Rs, em 1993. Registraram-se 1.414 acidentes e doenças do trabalho, envolvendo 1.278 (90,4 por cento) homens e 136 (9,6 por cento) mulheres. A faixa etária foi até 38 anos em 76,3 por cento dos acidentados. Os locais específicos mais atingidos foram os dedos das mãos (17 por cento) e pernas (14,1 por cento). Ferimentos (33,5 por cento) e contusões (27,4 por cento) responderam pela maioria das lesões registradas. As profissões mais comuns relacionavam-se à construção civil (27,8 por cento) e a serviços auxiliares (23,3 por cento). As lesões estudadas ocorreram em grandes número, a ocupação do acidentado correlacionou-se positivamente com o local (p<0,0001) e tipo de lesão (p<0,0001 e os resultados refletiram as deficiências do sistema de notificação dos acidentes e doenças do trabalho.

Análise das internações na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Universitário de Santa Maria, em 1994 / Analysis of admissions on Intensive Treatment Unit of Hospital Universitário de Santa Maria, in 1994

Os autores analisaram retrospectivamente as internações realizadas na UTI do Hospital Universitário de Santa Maria, em 1994. Das 236 internações verificadas, 134 (56,8 por cento) foram de homens e 102 (43,2 por cento), de mulheres. A idade de 74,5 por cento dos pacientes era superior a 38 anos, sendo maior que 70 anos em 24,3 por cento deles. Contaram-se 202 (85,6 por cento)admissões clínicas, 64,2 por cento das quais evoluíram com complicações, presentes também em 85,3 por cento das cirúrgicas (p=0,01). Os diagnósticos de internação mais comuns foram arritmias cardíacas (14,8 por cento) e acidentes vasculares cerebrais (13,3 por cento). A média de tempo de internação foi de 8,49 dias (DP= ±11,79). Após a internação na UTI (n=234), 124 (53,0 por cento) pacientes foram transferidos para outras unidades, 22 (9,4 por cento) receberam alta e 88 (37,6 por cento) foram a óbito. Os maiores de 70 anos apresentaram menos complicações (p=0,05) e menos óbitos (p<0,05). Em 94,7 por cento dos óbitos registraram-se complicações durante a internação (p<0,0001). Predominaram internações clínicas e de pacientes a partir da quinta década de vida. Complicações durante a internação foram comuns associando-se positivamente com o óbito do paciente.