RESUMO
INTRODUCTION: Protein p16 has been extensively studied as a potential biomarker for precursor lesions to distinguish cervical Intraepithelial neoplasia (CIN) from their mimics. However, the use of p16 as prognostic biomarker for diagnosis of cervical cancer and precancer is controversial. This study focuses on the assessment of peer-reviewed scientific data related to the use of p16 to predict disease severity and its controversies. METHODS: We reviewed publications in MEDLINE/PubMed assessing the clinical, diagnostic and prognostic significance of p16 in CIN and cervical cancer; we included publications from 2009 to June 2017. RESULTS: The use of p16 as a prognostic marker is still unreliable, although it could be a useful tool for diagnosis of Cervical Intraepithelial Neoplasia lesions with undetermined morphology. Moreover, p16 appears to be a specific marker of high-risk oncogenic HPV infection. CONCLUSION: This review shows the potential utility and drawbacks of p16 for clinical practice and the diagnosis of cervical cancer. Further studies are required to substantiate the role of p16 in conjunction with other more sensitive and specific biomarkers for diagnosing CIN and predicting its progression.
INTRODUÇÃO: A proteína p16 tem sido estudada como um biomarcador potencialmente específico de lesões cervicais precursoras e como uma forma de diferenciar as lesões parecidas com Neoplasia intra-epitelial cervical (NIC). Contudo existem várias controvérsias sobre a utilização de p16 como um biomarcador prognóstico e como uma ferramenta para o diagnóstico de câncer cervical e de lesões pré-câncer. O objetivo deste estudo foi a revisão de dados científicos por pares de bases, relacionados com a utilização da p16 e suas controvérsias. MÉTODOS: O estudo foi projetado como uma revisão da literatura das publicações do Medline/PubMed que avaliam o significado clínico, diagnóstico ou prognóstico do p16 em lesões de NIC e no câncer cervical no período de janeiro de 2009 a junho de 2017. RESULTADOS: o uso do p16 como um marcador prognóstico ainda não é confiável, apesar de que a p16 poderia ser uma ferramenta útil para o diagnóstico em lesões de NIC com morfologia indeterminada. Além disso, a p16 parece ser um marcador específico de infecção por HPV de alto risco oncogênico. CONCLUSÃO: A presente revisão mostra a potencial utilidade da proteína p16, bem como os inconvenientes para uso clínico-patológico e diagnóstico no câncer cervical. Contudo são necessários mais estudos para fundamentar o papel da p16 em conjunto com os outros biomarcadores mais sensíveis e específicos para diagnosticar NIC e prever a sua progressão.
Assuntos
Humanos , Biomarcadores Tumorais , Neoplasias do Colo do Útero/diagnóstico , Displasia do Colo do Útero , Infecções por PapillomavirusRESUMO
Introdução: o papilomavírus humano (HPV) é reconhecido como o agente causal do câncer de colo uterino. Objetivo: determinar a prevalência de infecção genital por HPV e sua correlação com o resultado do exame citopatológico. Métodos: estudo transversal com 1.021 mulheres de 30 a 45 anos submetidas a rastreamento para câncer de cérvice uterina. As participantes responderam a questionário-padrão e amostras de colo uterino foram encaminhadas para análise citopatológica e para pesquisa de HPV. Resultados: a prevalência de HPV foi de 12,4% sendo de 8,7% nas com citologia negativa e 43,4% nas com citologia alterada, correspondendo a 28,9% nas com ASCUS/AGUS, 60% nas com lesão LSIL, 90% nas com HSIL e 100% nas com carcinoma invasor e com adenocarcinoma in situ. A chance de se detectar HSIL foi cerca de 94 vezes maior nas mulheres infectadas por HPV. Analisando somente as 116 mulheres infectadas e com HPV tipificado, observou-se que a frequência de HPV oncogênico foi de 79,3% (em 71,8% das com citologia negativa e em 91,1% das com citologia com anormalidades), sendo a chance de se detectar anormalidades no exame citopatológico cerca de quatro vezes maior na presença de HPV de alto risco. O HPV 16 foi o tipo mais frequente, detectado em 24,4% das amostras de mulheres com alterações citológicas e em 7,0%das com citologia negativa. Multi-infecção foi detectada em 5,7% das mulheres com anormalidades à citopatologia e em 1,1% das com citologia negativa.Conclusão: o estudo demonstra forte associação entre HPV e anormalidades citológicas.
Introduction: human papillomavirus (HPV) is the agent of cervical uterine cancer. Objective: determine the prevalence of genital infection due to HPV and their correlation with results in the oncotic cytology. Methods: in a cross-sectional study, 1021 women, age 30 to 45 years were enrolled and submitted to cervical cancer screening. All patients answered a standard protocol. Samples of the uterine cervix were sent to citopathological analysis and to identification of HPV. Results: prevalence of HPV was 12.4%; in women with normal cervical cytology the prevalence of HPV was 8,7% compared to 43,4% in women with altered cervical cytology (28.9% among women with ASCUS/AGUS; 60.0% among women with LSIL; 90.0% among women with HSIL and 100.0%both in women with invasive carcinoma and in situ adenocarcinoma). Chance of detection of HSIL was 94 times higher in women who had HPV in theuterine cervix. A separate analysis including only the 116 HPV infected women revealed that HPV oncogenic types corresponded to 79.3% of the cases(71.8% in women with negative cervical cytology and 91.1% in women with altered cervical cytology). The frequency of oncogenic HPV types in 116 women infected with HPV was 79.3% [71.8% in women with negative citology and 91.1% in women with abnormalities in the citology exam). The odds to detect abnormalities in the citopatology exam was four times greater in the presence of HPV of high risk. HPV 16 was the most frequent type observed(24.4% of women with abnormal cytology and in 7,0% of those with negative cytology). Multiinfection was detected in 5.7% of women with abnormal cytology and in 1.1% with negative cytology. Conclusion: in this study, HPV infection and abnormal cytological findings in the uterine cervix were frequently observed and there was an association between them.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Infecções Sexualmente Transmissíveis , Neoplasias do Colo do Útero/diagnóstico , Prevalência , Infecções por Papillomavirus/diagnóstico , Lesões Intraepiteliais Escamosas Cervicais , Estudos TransversaisRESUMO
Estuda a prevalência de lesões intra-epiteliais cervicais de alto grau e a influência de variáveis clínicas, laboratoriais e comportamentais em pacientes infectadas pelo HIV
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Displasia do Colo do Útero , HIV , Infecções Sexualmente TransmissíveisRESUMO
Avalia a prevalência de lesões escamosas intra-epiteliais cervicais em pacientes infectadas pelo HIV atendidas em rede pública na cidade do Rio de Janeiro
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Colo do Útero , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/patologiaRESUMO
A infecção pelo HIV tem acometido progressivamente mais mulheres. Com o melhor manejo clínico da infecção e com o advento da terapia anti-retroviral potente, doenças cronicas têm se tornado relevantes. Este é o caso das doenças pré-invasivas cervicais. Várias evidências mostram que estas lesões são mais prevalentes, incidentes e recorrentes após tratamentos convencionais em mulheres HIV positivas
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Infecções Sexualmente Transmissíveis , Infecções por HIV , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/complicações , PrognósticoRESUMO
A partir da observaçäo de vários autores da maior freqüência de neoplasia cervical (NC) em pacientes portadoras de lúpus eritematoso (LE), foram acompanhadas 113 pacientes portadoras de doença do tecido conjuntivo (DTC), sendo 81 portadoras de LE. Este grupo näo era altamente exposto à NC por fatores epidemiológicos prévios; a forma de tratamento näo foi significativamente diferente entre as pacientes afetadas; näo foi evidenciada a participaçäo do HPV nas pacientes com NC de forma relevante; a prevalência de NC em portadoras de DTC foi de 21,24% e de 27,16% nas portadoras de LE; o risco relativo de pacientes portadoras de LE apresentarem NC foi de, aproximadamente, 22 vezes. Säo necessários estudos adicionais para melhor avaliaçäo da influência do tratamento e de fatores próprios do LE capazes de participar na patogenia da NC