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Motrivivência (Florianópolis) ; 33(64): [1-21], Mar. 2021.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1248209

RESUMO

As ginastas começaram a competir na GA nas primeiras décadas do Século XX, quando o sistema ideológico de gênero ditava os papeis e valores da mulher e, consequentemente, o que ela poderia ou não fazer na sociedade e no esporte. O intuito desse estudo foi lançar luz sobre a consolidação dos aparelhos oficiais no formato competitivo da GA feminina, por meio da análise das barras paralelas assimétricas, um aparelho inicialmente adaptado da categoria masculina. Percebe-se que, ao longo do tempo, as mulheres foram subjugadas ao discurso médico e social que direcionava o uso de seus corpos no cerne da modalidade e na sociedade. Mas, por meio de passos pequenos e do desenvolvimento imposto pelas próprias atletas, houve a necessidade de se construir um aparelho próprio que, simbolicamente, revela que as mulheres queriam ditar os direcionamentos da GA feminina nos seus próprios termos.


Permeated by the ideological system of gender, which influenced the roles and values that dictated what women could and could not do in society and in sport, female gymnasts began to compete in Artistic Gymnastics (AG) in the first decades of the 20th century. The aim of this study was to shed light on the consolidation of official apparatus in the competitive format of women's AG through the analysis of uneven parallel bars, a apparatus initially adapted from the male discipline. It is perceived that, over time, women were subjugated to the medical and social discourse that dictated the use of their bodies at the core of this sport and in society. But through small steps and the development imposed by the athletes themselves, there was a need to build their own apparatus that symbolically reveals that women wanted to direct women's AG on their own terms.


Las gimnastas empezaron a competir en GA en las primeras décadas del siglo XX, cuando el sistema ideológico de género dictaba lo que ella podía y no podía hacer en la sociedad y en el deporte. El objetivo de este estudio fue lanzar luz sobre la consolidación de los aparatos oficiales en el formato competitivo de GA femenina a través del análisis de las barras paralelas asimétricas, aparato inicialmente adaptado de la disciplina masculina. Se percibe que, con el tiempo, las mujeres fueron sometidas al discurso médico y social que dictaba el uso de su cuerpo en este deporte y en la sociedad. Pero a través de pequeños pasos y el desarrollo impuesto por las propias atletas, surgió la necesidad de construir su propio aparato que revelara simbólicamente que las mujeres querían dictar las direcciones de la GA femenina en sus propios términos.

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