RESUMO
RESUMO O objetivo deste trabalho foi relatar o caso de uma acadêmica com Transtorno do Espectro Autista (TEA) inserida na metodologia Problem-Based Learning do curso de Medicina. Ela foi diagnosticada com TEA aos 20 anos de idade, manifesta déficit na interação social, comprometimento da linguagem, comportamento repetitivo, padrão motor peculiar, alterações na integração sensorial, alterações qualitativas em funções executivas e crises de ansiedade em situações de exposição social, principalmente no ambiente acadêmico. Ela recebeu alguns auxílios e adaptações fornecidos pela coordenação e docentes da faculdade de Medicina, porém ainda são insuficientes para sua total inclusão na realidade da graduação. As pessoas com TEA, ou outras neurodiversidades, possuem dificuldades peculiares; assim, cabe à instituição e ao pessoal envolvido com os processos de ensino-aprendizagem assegurar o acesso, a permanência e a necessidade de implementar medidas que proporcionem ao estudante todo o suporte educacional que faz parte do seu direito. É importante que haja adequação às condições desses estudantes, bem como a capacitação do corpo docente para que seja capaz de lidar com essas pessoas, visando a sua verdadeira inclusão no meio acadêmico e seu aperfeiçoamento para incluí-los no mercado de trabalho.
ABSTRACT The objective of this work was to report the case of an academic student with Autism Spectrum Disorder (ASD) inserted in the Problem-Based Learning methodology of the Medical course. She was diagnosed with ASD at age 20, manifests a deficit in social interaction, language impairment, repetitive behavior, peculiar motor pattern, changes in sensory integration, qualitative changes in executive functions and anxiety attacks in situations of social exposure, mainly in the academic environment. She received some help and adaptations provided by the coordination and professors at the medical school, but they are still insufficient for her full inclusion in the reality of the undergraduate course. People with ASD, or other neurodiversities, have peculiar difficulties; thus, it is up to the institution and the personnel involved with the teaching-learning processes to ensure access, permanence, and the need to implement measures that provide the student with all the educational support that is part of their right. It is important that the conditions of these students are adapted, as well as the training of the faculty so that they can deal with these people, aiming at their true inclusion in the academic environment and their improvement to include them in the job market.