RESUMO
FUNDAMENTO: Há poucos estudos que demonstrem a associação do tabagismo, como fator de risco independente, aos eventos cardíacos pós-operatórios. OBJETIVO: Avaliar a associação do tabagismo, como variável independente, às complicações cardiovasculares pós-operatórias e à mortalidade em 30 dias em operações não cardíacas. MÉTODOS: Utilizou-se coorte retrospectiva de um hospital geral, na qual foram incluídos 1.072 pacientes estratificados em tabagistas atuais (n = 265), ex-tabagistas (n = 335) e não tabagistas (n = 472). Esses três grupos foram analisados para os desfechos cardiovasculares combinados no pós-operatório (infarto, edema pulmonar, arritmia com instabilidade hemodinâmica, angina instável e morte cardíaca) e mortalidade em 30 dias. Utilizaram-se o teste qui-quadrado e a regressão logística, considerando p < 0,05 como significante. RESULTADOS: Quando se compararam tabagistas atuais e ex-tabagistas aos não tabagistas, os desfechos cardiovasculares combinados no pós-operatório e a mortalidade em 30 dias foram respectivamente: 71 (6,6 por cento) e 34 (3,2 por cento). Os tabagistas atuais e ex-tabagistas apresentaram 53 (8,8 por cento) eventos cardíacos combinados, enquanto os não tabagistas, 18 (3,8 por cento), p = 0,002. Em relação à mortalidade, tabagistas atuais e ex-tabagistas apresentaram 26 (4,3 por cento), enquanto os não tabagistas, 8 (1,7 por cento), p = 0,024. Na análise multivariada, faixa etária, cirurgia de emergência, insuficiência cardíaca, sobrecarga ventricular esquerda, revascularização do miocárdio e extrassístole ventricular associaram-se independentemente aos eventos cardiovasculares perioperatórios, enquanto faixa etária, cirurgia de emergência, insuficiência cardíaca, alterações laboratoriais, história de hepatopatia, operações por neoplasia e tabagismo se associaram à mortalidade em 30 dias no pós-operatório. CONCLUSÃO: O tabagismo atual associou-se de forma independente à mortalidade em 30 dias em operações ...
BACKGROUND: Few studies have demonstrated the association of smoking, as an independent risk factor, with postoperative cardiac events. OBJECTIVE: To evaluate the association of smoking, as an independent variable, with postoperative cardiovascular complications and 30-day mortality in noncardiac surgeries. METHODS: A retrospective cohort from a general hospital was studied, which included 1,072 patients stratified as current smokers (n=265), ex-smokers (n=335) and nonsmokers (n=472). These three groups were analyzed regarding the combined cardiovascular outcomes in the postoperative period (infarction, pulmonary edema, arrhythmia with hemodynamic instability, unstable angina and cardiac death) and 30-day mortality. The Chi-square test and logistic regression were used, considering a p value < 0.05 as statistically significant. RESULTS: When current smokers are compared to ex-smokers and nonsmokers, the combined cardiovascular outcomes in the postoperative period and the 30-day mortality were, respectively: 71 (6.6 percent) and 34 (3.2 percent). The current smokers and ex-smokers presented 53 (8.8 percent) combined cardiac events, whereas the nonsmokers presented 18 (3.8 percent), with p = 0.002. Regarding mortality, current smokers and ex-smokers presented 26 (4.3 percent), whereas nonsmokers presented 8 (1.7 percent), p = 0.024. At the multivariate analysis, age range, emergency surgery, heart failure, left ventricular overload, myocardial revascularization and ventricular extrasystoles were independently associated with perioperative cardiovascular events, whereas age range, emergency surgery, heart failure, laboratory alterations, history of hepatopathy, surgeries due to neoplasia and smoking were associated with 30-day mortality in the postoperative period. CONCLUSION: Current smoking was independently associated with 30-day mortality in high-risk noncardiac surgeries, but not to postoperative cardiac events.
Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Cardiopatias/etiologia , Complicações Pós-Operatórias/etiologia , Fumar/efeitos adversos , Procedimentos Cirúrgicos Operatórios/efeitos adversos , Métodos Epidemiológicos , Cardiopatias/mortalidade , Complicações Pós-Operatórias/mortalidade , Fatores de Risco , Abandono do Hábito de Fumar/estatística & dados numéricos , Fumar/mortalidade , Procedimentos Cirúrgicos Operatórios/classificação , Procedimentos Cirúrgicos Operatórios/mortalidade , Fatores de TempoRESUMO
Introdução: A pulsoterapia com corticosteróide endovenoso consistena administração de corticosteróides em altas doses (a partir de 1 g/dia), por três dias ou mais, ou em dias alternados. A necessidade de hospitalização ocorre devido aos possíveis efeitos colaterais que o paciente pode apresentar durante a infusão da droga; para tanto a monitorização dos parâmetros vitais, além de identificar precocementeos efeitos, possibilita intervenção adequada, garantindo a segurança do paciente. A uniformização dos cuidados prestados é necessária devido à responsabilidade da equipe de enfermagem na administração da droga e o acompanhamento destes pacientes. Objetivo: Identificar os principais cuidados na assistência de enfermagem durante a administração do corticosteróide em uma unidade hospitalar. Métodos: Pesquisa bibliográfica em base de dados, livros e revistas científicas nas áreas de endocrinologia, farmácia e enfermagem; discussão com especialistas em neurologia, transplante e farmácia. Resultados: Os efeitos colaterais durante a pulsoterapia com corticosteróides podem ocorrer logo no início da infusão da droga. Para monitorar estas alterações foi elaborado um instrumento para sistematizar a assistência de enfermagem prestada a estes pacientes. Conclusões: A assistência de enfermagem sistematizada durante a pulsoterapia com corticosteróide promove a identificação precoce das possíveis complicações e, conseqüentemente, intervenção paraminimizá-las.