RESUMO
Tradicionalmente o Laboratório de Microbiologia Clínica utiliza a prova de suscetibilidade a novobiocina para distinguir as espécies clinicamente significativas de SCoN, entre elas o Staphylococcus saprophyticus. Devido ao aumento destes microrganismos nas infecções relacionadas à assistência à saúde, este estudo teve como objetivo relatar duas bacteremias por SCoN resistentes a novobiocina ocorridas em maio e setembro de 2006, em um hospital geral, na cidade de São Paulo. Primeiramente o teste fenotípico apontou resistência a novobiocina, mas com padrões distintos de identificação ao S. saprophyticus. Na identificação convencional, asamostras fermentaram trealose, manitol e manose, sendo positivas nos testes da urease e fosfatase alcalina. No sistema semi-automatizado, a confirmação da espécie apontou o Staphylococcus cohnii subsp. urealyticus com 99,99 de probabilidade. No teste de disco difusão, os isolados mostraram-se resistentes à oxacilina, mas suscetível a cefoxitina, vancomicina e teicoplanina. Houve confirmação pela metodologia do Etest® mostrando CIM para oxacilina superior a 256 μg/ml, e suscetibilidade a vancomicina e a teicoplanina.A reação da PCR confirmou a presença do gene mecA nos isolados. Estes dados demonstram a importância dos SCoN isolados em hemoculturas, sendo necessária uma correta identificação destes microrganismos.
Assuntos
Humanos , Coagulase , Farmacorresistência Bacteriana , Novobiocina , Reação em Cadeia da Polimerase , Sensibilidade e Especificidade , Staphylococcus/isolamento & purificaçãoRESUMO
OBJETIVO: Analisar a prevalência de obesidade em mulheres idosas e sua associação com variáveis sócio-demográficas, bioquímicas e hipertensão arterial. MATERIAL E MÉTODOS: Mediante estudo de corte seccional, 188 pacientes ambulatoriais, mulheres, com idade entre 60 e 89 anos foram avaliadas, sendo a obesidade definida a partir do IMC > 30Kg/m2 (WHO, 1998). As variáveis investigadas foram idade, escolaridade, situação conjugal, glicemia de jejum, colesterol total, lipoproteínas de alta e baixa densidade colesterol, triglicerídeos e presença de hipertensão arterial. Para análise dos dados foram empregados o teste Qui-quadrado de Pearson ou Teste Exato de Fisher, Análise Multivariada por Regressão Logística, estimando-se as probabilidades de ocorrência de obesidade. RESULTADOS/CONCLUSÕES: Entre as mulheres idosas, 25,6 por cento eram obesas. A obesidade esteve concentrada nos intervalos etários de 60 a 69 e 70 a 79 anos e associada positivamente (p= 0,050) à glicemia de jejum > 126mg/dL, com um risco maior (Odds= 1,76) para as idosas diabéticas, em relação às não-diabéticas. A maior probabilidade de ocorrência de obesidade, em torno de 18 por cento, foi observada nas mulheres com menos de 70 anos, triglicerídeos > 200mg/dL, diabéticas e hipertensas, destacando a importância da morbidade associada.