Esquistossomose mansônica hepatoesplênica em adolescentes: carga parasitária residual após tratamento clínico-cirúrgico / Hepatosplenic mansonic schistosomiasis in adolescents: Residual parasitary burden after medical and surgical treatment

A esquistossomose na forma hepatoesplênica associada a varizes sangrentas do esôfago, hiperesplenismo e/ou hipoevolutismo, em adolescentes, tem sido tratada clinicamente com oxamniquime e cirurgicamente por esplenectomia, ligadura da veia gástrica esquerda e auto-implante esplênico. Nos casos de recidiva hemorrágica, os pacientes são incluidos no protocolo de escleroterapia endoscópica das varizes esofageanas. No seguimento pós-operatório desses pacientes tem sido observado a manutenção de hiperglobulinemia G e M, e, eosinnofilia, fazendo supor a possibilidade de manutenção de carga parasitária residual ou reinfecção. vinte e quatro pacientes, entre 11 e 20 anos, foram submetidos a biópsia retal e oograma quantitativo, além do Kato-Katz para verificação dessa possibilidade. Em 17 pacientes, o oograma foi negativo, entretanto, em sete, o exame foi positivo, dos quais, quatro apresentavam ovos viáveis. O Kato-Katz, com ovos viáveis foi igualmente, positivo nesses quatros pacientes. Observou-se associação positiva entre os elevados níveis séricos de imunoglobulina G e a positividade do oograma. Os achados indicam uma carga parasitária residual ou reinfecção em cerca de 17 por cento dos pacientes, o que poderia estar interferindo na evolução clínica desses pacientes

Esquistossomose murina esperimental: estudo imunohistoquímicos das células ganglionares mioentéricas / Experimental murine Schistosomiasis: an immunohistochemical study of the ganglionic myoenteric cells

Para estudar a influência do processo granulomatoso esquistossomóticosobre as células ganglionares mioentéricas, foram utilizados 30 camundongos albinos Swiss infectadoscom 50 cercárias da cepa SLM do S. mansoni.O grupo controle foi constituído por dez animais näo infectados. Após sessenta dias de infecçäo, cortes histológicos do intestino delgadocorados por hematoxilina-eosina e P.A.S. demonstraram granulomas periovulares em todas as camadas da parede intestinal. Através do método imunohistoquímico indireto, usando-se a enolase neurônio-específica como marcador, observou-se desorganizaçäo do plexo mioentêrico em áreas contendo granulomas. Além disso, ocorreu rarefaçäo das estaçöes ganglionares, com aparente destruiçäo de células neuronais. A possível contribuiçäo dessas alteraçöes para a sintomatologia da esquistossomose humana é avaliada

Experimental murine schistosomiasis and thyroid function

In humans the hepatosplenic form of schistosomiasis may be associated with some degree of somatosexual underdevelopment. In the present study we induced an experimental hepatosplenic form of schistosomiasis by infecting 21-day-old mice with the São Lourenço da Mata-PE strain of Schistosoma mansoni and evaluated thyroid function and its relationship with somatosexual development. Plasma levels of T3 and T4 were determined in 115-day old male albino Swiss mice by radioimmunoassay as a measure of thyroid function. Prepuberal infection with S. mansoni resulted in significant increases in liver (74) and spleen (138) weights, although there were no changes in animal growth or plasma T3 and T4 concentrations under the experimental conditions used. The present study demonstrates that prepuberal infection of mice with S. mansoni induces the development of a hepatosplenic form of schistosomiasis during adult life with apparently normal thyroid function.

Studies on common antigenicities between the Belo Horizonte strain, Brazil of Schistosoma mansoni eggs and Biomphalaria snails by immunoelectrophoresis.

Immunoelectrophoretic studies of common antigenicities were carried out by using rabbit sera immunized against the Belo Horizonte strain of Schistosoma mansoni eggs and crude antigens of Biomphalaria snails and vice versa. With regard to common antigenicities between S. mansoni eggs and Biomphalaria snails, S. mansoni eggs produced 4 to 5 bands with Biomphalaria glabrata pigmentado, 3 to 4 bands with B. glabrata albino and only 1 band with B. straminea. In our laboratory, the infection rate of S. mansoni miracidia to B. glabrata pigmentado was 64.3% and 55.0% for B. glabrata albino, but B. straminea was not found to be susceptible to S. mansoni miracidia. It was observe that more bands were seen between S. mansoni egg and suitable hosts. Biomphalaria snail crude antigens were fractionated by Sephadex G-100 column, and each fraction antigen was tested with anti-S. mansoni egg sera by immunoelectrophoresis. As results, three fractions were collected form each snail strains. The common antigenicities between fractionated antigens from Biomphalaria snails crude antigens and anti-S. mansoni egg sera mostly existed in the first fraction and they were estimated to have molecular weights over 45,000.