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1.
Porto Alegre; s.n; 2019. 115 f..
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1519271

RESUMO

O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre violência no trabalho da enfermagem e a cultura de segurança do paciente em hospitais da região sul do país. Desenvolveu-se um estudo de método misto, do tipo sequencial explanatório. Na primeira etapa (quantitativa) da investigação foram mensuradas as características demográficas e laborais dos trabalhadores, a ocorrência da violência nos últimos 12 meses por meio do Hospital Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector e a percepção da cultura de segurança do paciente, por meio do instrumento Hospital Survey on Patient Safety Culture. A seleção dos trabalhadores (n=389) foi realizada por meio de sorteio aleatório proporcional ao estrato das categorias profissionais. Na segunda etapa (qualitativa) do estudo foram entrevistados 33 sujeitos vítimas de violência, selecionados intencionalmente para responder à entrevista semiestruturada e definidos por saturação dos dados. Utilizou-se estatística descritiva e analítica para os dados quantitativos, considerando estatisticamente significativo p<0,05. Os dados qualitativos foram submetidos a análise temática, e sequencialmente, foram articulados e confrontados aos dados quantitativos. Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (nº 713.728). Prevaleceram mulheres (83,3%), com idade média de 44 anos (+9,5), experiência de 15 anos (+9,2) no setor saúde e auxiliares e técnicos de enfermagem representaram 74,5% dos trabalhadores. A violência no trabalho foi referida por 51,8% dos participantes. A agressão verbal foi o tipo de violência mais prevalente (40,8%), seguido de assédio moral (21,1%), discriminação racial (2,9%) e assédio sexual (2,7%). Pacientes e acompanhantes somam os maiores percentuais como praticantes da violência no trabalho, exceto para o assédio moral, o qual foi perpetrado principalmente de chefia e colegas. A violência a trabalhadores de enfermagem se manifesta por meio de opressões, xingamentos, ameaças, empurrões, tapas, socos e até mesmo arremessos de objetos. As pessoas agredidas se sentiram humilhadas, menosprezadas, inseguras, desconfortáveis e envergonhadas diante dos episódios de violência. Na avaliação da percepção da cultura de segurança do paciente, a dimensão "aprendizagem organizacional e melhoria contínua" foi considerada como "área forte" para a segurança do paciente (>75% de respostas positivas). Os trabalhadores que sofreram violência avaliam pior a percepção da cultura de segurança do paciente em 11 dimensões (p<0,05). Na análise de regressão múltipla das 12 dimensões a avaliadas, dez obtiveram influência direta da variável sobre a experiência da violência no local de trabalho e duas obtiveram influência com os escores que avaliaram o nível de preocupação da violência no trabalho. Os participantes relataram que sofrer violência no local de trabalho interfere na comunicação, nas relações interpessoais, na continuidade e na qualidade do cuidado. Diante dos resultados consideram-se urgentes ações de prevenção da violência no espaço laboral, fornecer treinamento à equipe para melhorar as habilidades de comunicação e adotar estratégias de resolução de conflitos, acompanhados de esforços para implementação de um ambiente de prática segura e livre de danos.


The aim of this study was to analyze the relationship between violence in nursing work and the culture of patient safety in hospitals in the southern region of the country. A mixed method study, of the explanatory sequential type, was developed. In the first (quantitative) stage of the investigation, the demographic and labor characteristics of the workers were measured, the occurrence of violence in the last 12 months through the Hospital Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector and the perception of the patient's safety culture, through the Hospital Survey on Patient Safety Culture instrument. The selection of workers (n=389) was carried out by random drawing proportional to the stratum of professional categories. In the second (qualitative) stage of the study, 33 subjects who were victims of violence were interviewed, intentionally selected to respond to the semi-structured interview and defined by data saturation. Descriptive and analytical statistics were used for the quantitative data, considering statistically significant p <0.05. Qualitative data were subjected to thematic analysis, and sequentially, they were articulated and compared to quantitative data. Approved by the Ethics and Research Committee (nº 713,728). Women (83.3%) prevailed, with an average age of 44 years (+9.5), experience of 15 years (+9.2) in the health sector and nursing assistants and technicians represented 74.5% of workers. Workplace violence was reported by 51.8% of participants. Verbal aggression was the most prevalent type of violence (40.8%), followed by moral harassment (21.1%), racial discrimination (2.9%) and sexual harassment (2.7%). Patients and companions account for the highest percentages as practitioners of violence at work, except for bullying, which was mainly perpetrated by bosses and colleagues. Violence against nursing workers manifests itself through oppression, cursing, threats, shoving, slapping, punching and even throwing objects. The battered people felt humiliated, despised, insecure, uncomfortable and ashamed in the face of episodes of violence. In assessing the perception of the patient safety culture, the dimension "organizational learning and continuous improvement" was considered as a "strong area" for patient safety (> 75% of positive responses). Workers who suffered violence rated the perception of the patient safety culture worse in 11 dimensions (p<0.05). In the multiple regression analysis of the 12 dimensions to be evaluated, ten obtained influence of the variable on the experience of violence in the workplace and two obtained influence with the scores that assessed the level of concern aboutviolence at work. Participants reported that suffering violence in the workplace interferes with communication, interpersonal relationships, continuity and quality of care. In view of the results, urgent actions to prevent violence in the workplace are considered urgent, provide training to the team to improve communication skills and adopt conflict resolution strategies, accompanied by efforts to implement a safe and harm-free practice environment.


Assuntos
Enfermagem
2.
Texto & contexto enferm ; 27(1): e2420016, 2018. tab
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-904419

RESUMO

RESUMO Objetivo: analisar a presença da violência física e psicológica entre trabalhadores da saúde, identificar seus perpetradores e compreender a origem das agressões. Método: estudo de abordagem mista. Os dados quantitativos foram coletados sobre amostra aleatória de 269 profissionais da equipe de saúde em hospital público da Região Sul do Brasil, dentre os quais, 20 sujeitos, vítimas de violência, compuseram sequencialmente a etapa qualitativa. Resultados: a violência física atingiu 15,2% (n=42) dos profissionais e a violência psicológica 48,7% (n=135) dos trabalhadores por meio de agressões verbais, 24,9% (n=69) sofreram assédio moral, 8,7% (n=24) discriminação racial e 2,5% (n=7) assédio sexual. Mulheres foram as principais vítimas da violência física, assédio moral e discriminação racial (p<0,05). Técnicos de enfermagem foram os mais expostos à violência física e assédio moral (p<0,05). O paciente foi o principal agressor da equipe de saúde (35,4%, n=98), seguido pelos colegas de trabalho (25,3%, n=70), chefia (21,7%, n=60) e acompanhantes (15,5%, n=43). Agravos neurológicos, abuso de álcool e de outras drogas foram relacionados à origem da agressão, razões que atenuaram a culpa dos pacientes pela violência. As condições impróprias de trabalho geraram revolta dos pacientes e entre os profissionais. Aspectos da organização do trabalho no hospital público foram apontados como causas para conflitos que repercutem em violências. Conclusões: a violência psicológica foi prevalente, mulheres e técnicos de enfermagem foram os mais expostos e pacientes os principais perpetradores. São necessárias medidas de contenção e prevenção, bem como investimentos sobre as condições e a organização do trabalho no hospital.


RESUMEN Objetivo: analizar la presencia de violencia física y psicológica entre trabajadores de la salud, identificar a sus perpetradores y comprender el origen de las agresiones. Método: estudio de enfoque mixto. Los datos cuantitativos fueron recolectados sobre muestra aleatoria de 269 profesionales del equipo de salud en hospital público de la Región Sur de Brasil, entre los cuales, 20 sujetos, víctimas de violencia, compusieron secuencialmente la etapa cualitativa. Resultados: la violencia física alcanzó el 15,2% (n=42) de los profesionales y la violencia psicológica 48,7% (n=135) de los trabajadores por medio de agresiones verbales, el 24,9% (n=69) sufrieron acoso moral 8,7% (n=24) discriminación racial y 2,5% (n=7) acoso sexual. Las mujeres fueron las principales víctimas de la violencia física, el acoso y la discriminación racial (p<0,05). Los técnicos de enfermería fueron los más expuestos a la violencia física y el acoso moral (p<0,05). El paciente fue el principal agresor del equipo de salud (35,4%, n=98), seguido por los compañeros de trabajo (25,3%, n=70), jefatura (21,7%, n=60) y acompañantes (15,5%, n=43). Agravios neurológicos, abuso de alcohol y otras drogas se relacionaron con el origen de la agresión, razones que atenuaron la culpa de los pacientes por la violencia. Las condiciones impropias de trabajo generaron revuelta de los pacientes y entre los profesionales. Los aspectos de la organización del trabajo en el hospital público fueron señalados como causas para conflictos que repercuten en violencias. Conclusiones: la violencia psicológica fue prevalente, mujeres y técnicos de enfermería fueron los más expuestos y pacientes los principales perpetradores. Se necesitan medidas de contención y prevención, así como inversiones sobre las condiciones y la organización del trabajo en el hospital.


ABSTRACT Objective: to analyze the presence of physical and psychological violence among health workers, identify their perpetrators and understand the origin of the aggressions. Method: a mixed approach study. The quantitative data were collected from a random sample of 269 professionals from the health team in a public hospital in the Southern Region of Brazil. Among these 269 professionals 20 were victims of violence and composed the qualitative step. Results: physical violence affected 15.2% (n=42) of the professionals and psychological violence affected 48.7% (n=135) of the workers by means of verbal aggression, 24.9% (n=69) moral harassment, 8.7% (n=24) racial discrimination and 2.5% (n=7) sexual harassment. Women were the main victims of physical violence, bullying and racial discrimination (p<0.05). Nursing technicians were the most exposed to physical violence and moral harassment (p<0.05). The patient was the main aggressor to the health team (35.4%, n=98), followed by coworkers (25.3%, n=70), management (21.7%, n=60) and companions (15.5%, n=43). Neurological diseases, alcohol and other drug abuse were related to the origin of the aggression, reasons which absolve the patients from the guilt of their violent behavior. The improper work conditions caused acts of aggression in patients and among professionals. Aspects of work organization in the public hospital were highlighted as causes for conflicts which cause violent repercussions. Conclusions: psychological violence was prevalent, women and nursing technicians were the most exposed and patients were the main perpetrators. Containment and prevention measures are required, as well as investments for the work organization in the hospital.


Assuntos
Humanos , Relações Profissional-Paciente , Condições de Trabalho , Saúde Ocupacional , Violência no Trabalho , Mão de Obra em Saúde , Serviços de Saúde , Recursos Humanos de Enfermagem
3.
Enferm. foco (Brasília) ; 5(1/2): 25-28, 2014. tab
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1028210

RESUMO

Trata-se de um transversal com objetivo de identificar os fatores associados na ocorrência de acidentes envolvendo trabalhadores (n=288) de uma instituição hospitalar. Dentre os fatores associados aos acidentes, verificaram-se a mudança da situação conjugal nos últimos doze meses, a condição de moradia não própria, o uso de tabaco atual e o multiemprego, assim como os fatores de proteção à idade superior a 40 anos e o suporte familiar. Os resultados reforçam a necessidade de articulação de ações que valorizem as estratégias para a prevenção de acidentes de trabalho no cenário hospitalar.


It is a transversal study with the goal to identify factors associated with accidents occurrences observed at workers (n=288) of a hospital institution. Among the associated factors there are: marital status change in the last twelve months, not being home owners, currently tobacco consumers, and multi-jobs. The protection factors are: age higher than 40 years old and family support. The results enforce the necessity of articulated actions to enhance the strategies for work accidents prevention in a hospital scenario.


El texto trata de un transversal con objetivo de identificar los factores asociados a la ocurrencia de accidentes con trabajadores (n=288) de una institución hospitalaria. De los factores asociados a los accidentes, fue verificado el cambio de la situación conyugal en los últimos doce meses, la condición de no tener casa propia, el uso actual del tabaco y el multiempleo, así como los factores de protección de edad superior a 40 años y el soporte familiar. Los resultados refuerzan la necesidad de articulación de acciones que valoran las estrategias para la prevención de accidentes de trabajo en el escenario hospitalario.


Assuntos
Masculino , Feminino , Humanos , Acidentes , Enfermagem do Trabalho , Pessoal de Saúde , Vigilância em Desastres
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