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1.
Rev. bras. saúde ocup ; 49: edsmsubj1, 2024. graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1559626

RESUMO

Resumo Introdução: nos debates sobre a proteção e a promoção da saúde nos contextos laborais, o tema dos fatores psicossociais relacionados ao trabalho (FPRT) tem se destacado. Objetivo: demonstrar que a ausência da tematização do antagonismo e do conflito estrutural entre capital e trabalho, bem como a captura da temática pela lógica gerencialista neoliberal, produz o empobrecimento do debate e o enfraquecimento de iniciativas voltadas para a transformação do contexto laboral. Método: a reflexão é realizada a partir de revisão da literatura, tendo como referencial o materialismo histórico. Resultados: as formulações de políticas, instrumentos e medidas destinadas à proteção da saúde dos trabalhadores, gestadas nos marcos ideológicos do regime de acumulação capitalista e da governamentalidade neoliberal, convertem-se em compreensões e intervenções que, longe de transformarem as situações concretas de trabalho, mascaram o papel exercido pelo trabalho em relação à saúde dos trabalhadores, consagram as ações voltadas aos indivíduos, arrefecem as lutas sociais e ampliam as pressões sobre os trabalhadores. Conclusão: o enfrentamento dos riscos psicossociais não deve se limitar à mitigação desses riscos, mas sim encontrar seus propósitos e seus fundamentos em um horizonte teórico-prático que descortine a necessidade de superação da própria economia capitalista.


Abstract Introduction: work-related psychosocial factors have stood out in debates concerning health protection and promotion in occupational contexts. Objective: this essay demonstrates how the lack of thematic exploration regarding the antagonism and structural conflict between capital and labor, as well as its co-optation by neoliberal managerial logic, impoverishes the debate and weakens initiatives aimed at transforming the work environment. Method: a literature review was conducted using historical materialism as a theoretical framework. Results: policies, instruments, and measures formulated to protect workers' health developed under the ideological framework of capitalist accumulation and neoliberal governmentality become understandings and interventions that, far from transforming actual work situations, mask the role played by work in occupational health. They consecrate actions focused on individuals, dampen social struggles, and increase pressure on workers. Conclusion: addressing psychosocial risks should not be limited to mitigating them; rather, it should find its purposes and foundations in a theoretical-practical horizon that unveils the need to overcome the capitalist economy itself.

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