RESUMO
Coptobrycon bilineatus (Ellis, 1911) is redescribed on the basis of specimens from the District of Paranapiacaba, Municipality of Santo André, upper rio Tietê, and additional ones recently collected in a small coastal river system of Serra do Mar, very near the headwaters of the rio Tietê. The genus was compared to other Characidae lacking a supraorbital, and it seems to be more phylogenetically related to Grundulus based on the possession of various putative apomorphic character states related to: the absence of a rhinosphenoid and fourth, fifth (sometimes) and sixth infraorbitals; nasal pores separated; nares with up to six nasal lamellae; cephalic laterosensory system poorly developed on supraorbital and infraorbital series; and a globose scapula. Furthermore, Coptobrycon and Grundulus are characterized by the absence of the adipose fin, of the supraorbital laterosensory series on the parietal, and of the humeral spot, and by the reduction of lateral musculature in front of the first pleural rib and between the first and second pleural ribs. Biogeographic comments are also provided.
Coptobrycon bilineatus (Ellis, 1911) é redescrita com base em exemplares provenientes do Distrito de Paranapiacaba, Município de Santo André, alto rio Tietê, e de um pequeno sistema costeiro da Serra do Mar, muito próximo às cabeceiras do rio Tietê. O gênero foi comparado com outros Characidae sem supraorbital e parece ser mais proximamente relacionado a Grundulus, pela posse de vários estados apomórficos de caracteres: ausência de rinoesfenoide e dos infraorbitais quatro, cinco (eventualmente) e seis; poros nasais separados e não confluentes; narinas com no máximo seis lamelas nasais; sistema látero-sensorial cefálico pouco desenvolvido nas séries supraorbital e infraorbital; e escápula globosa. Adicionalmente, Coptobrycon e Grundulus são também caracterizados pelas: ausências de nadadeira adiposa, da série látero-sensorial cefálica supraorbital e de mácula umeral, e pela redução da musculatura corpórea lateral à frente da primeira costela pleural e entre a primeira e a segunda costelas pleurais. Comentários biogeográficos são também apresentados.