Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 3 de 3
Filtrar
Adicionar filtros








Tipo de estudo
Intervalo de ano
1.
Arq. bras. neurocir ; 32(3): 156-169, set. 2013. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-719976

RESUMO

A fratura evolutiva é uma rara complicação que se observa geralmente na infância. Caracteriza-se por afastamento progressivo das bordas das fraturas, às vezes associado à formação de um cisto leptomeníngeo, também conhecido como cisto leptomeníngeo pós-traumático. De acordo com a literatura internacional, sua prevalência varia entre 0,03% e 1,6%. Analisamos a casuística de pacientes internados com traumatismo cranioencefálico no Hospital da Restauração de Recife (Brasil), um centro de referência em neurocirurgia pediátrica, no período de 1° de dezembro de 2000 a 30 de abril de 2008. O grupo de estudo compreendeu crianças de 0 a 14 anos. Durante essa investigação foram realizadas 19.758 admissões na emergência pediátrica por traumatismo cranioencefálico, e 74% foram admitidos da área metropolitana e 26% do interior do estado de Pernambuco. Foi observada fratura craniana em 6,3% dos casos, dos quais cinco crianças (menores de 3 anos) desenvolveram fratura evolutiva, representando 0,4% das fraturas de crânio e 0,02% dos traumatismos cranioencefálicos admitidos. Foi achada em todos os casos uma massa pulsátil, que apareceu em média no quarto mês após o trauma. As cinco crianças foram submetidas a tratamento cirúrgico, que compreendeu a ressecção do cisto leptomeníngeo e do tecido cerebral herniado, reparo do defeito dural e cranioplastia. A nossa experiência e a revisão bibliográfica mostram que crianças menores de 3 anos com história de traumatismo cranioencefálico e fratura de crânio apresentam risco de desenvolver fratura evolutiva. No entanto, sendo uma condição rara crianças com fratura de crânio menores de 3 anos, é obrigatório o acompanhamento clínico. Quando diagnosticado, o tratamento cirúrgico imediato é indicado para prevenir déficit neurológico.


Growing fracture is a rare complication that usually is observed in childhood. It is characterized by a progressive opening from the edges of fractures, sometimes associated with the formation of leptomeningeal cyst, also known as post-traumatic leptomeningeal cyst. According to the literature, its prevalence ranges from 0.03% to 1.6%. We analyzed a casuistic of patients hospitalized with head trauma at the Hospital da Restauração of Recife (Brazil), a referral center for pediatric neurosurgery, in the period from December 1st 2000 to April 30th, 2008. The study group consisted of children aged 0 to 14 years. During this research, were analyzed 19,758 emergency admissions for pediatric traumatic brain injury, which 74% were admitted to the metropolitan area and 26% were from the countryside, in the state of Pernambuco. Skull fracture was observed in 6.3% of cases, including 5 children under 3 years old, who developed growing fracture, constituting 0.4% of skull fractures and 0.02% of traumatic brain injury admitted. In all cases, it was found a pulsating mass that appeared in an average time in the 4th month after the trauma. The five children were submitted to surgical resection of the leptomeningeal cyst and of the herniated brain tissue, repair of dural defect and cranioplasty. Our experience and review of the literature show that children under 3 years old, with a history of traumatic brain injury and skull fracture, present at risk of developing a growing fracture. Even though, it is a rare condition, a clinical follow-up is mandatory for these children. When the growing fracture is diagnosed, an immediate surgical treatment is indicated to prevent neurologic deficit.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Fraturas Cranianas , Cistos Aracnóideos
2.
Arq. bras. neurocir ; 31(1)mar. 2012. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-621101

RESUMO

There are few reports in the literature of transorbital penetration brain damage. We reported a transorbital craniocerebral injury caused by a barbecue skewer in a child in the context of domestic-accident. A 7-year-old male child accidentally fell and a barbecue skewer penetrated his right orbit. The object was pulled out immediately by the boy?s father. On admission, he demonstrated disproportioned right hemiparesis and Axial CT images showed no evidence of fracture of orbital wall on the right side and a small hematoma and traumatic subarachnoid hemorrhage on the left hemisphere. Surgery was not indicated, antibiotics were administered for 14 days, his neurological impairment recovered completely on seven days. On the 12th post-admission day, a CT was done which showed no hematoma. At the time of discharge, the boy was alert without any physical sequelae or complication. Children are frequently harmed during play and are mainly jeopardized by accidents at home, and it is necessary more governmental investment to objectively lowering penetrating wounds to the head in children and divulgated for general population that foreign body penetrating the intracranial cavity must be removed only during surgery.


Existem na literatura poucos relatos de traumatismo cranioencefálico causados por penetração transorbital. Será descrito o caso de uma criança do sexo masculino, de 7 anos de idade, que caiu acidentalmente em casa e um espeto de churrasco penetrou na sua órbita direita. O objeto foi imediatamente retirado pelo pai. Na admissão ao Hospital, a criança apresentava-se com hemiparesia direita desproporcionada e na tomografia de crânio evidenciavam-se contusão cerebral e hemorragia subaracnoide traumática no hemisfério esquerdo, entretanto não havia sinais de fraturas. Não foi necessário procedimento cirúrgico, e o menor permaneceu internado para administração de antibióticos por 14 dias, obtendo melhora do déficit após sete dias do internamento. Com 12 dias de hospitalização, foi realizada nova tomografia, sem evidências de hematomas. Na alta, ele encontrava-se ativo, alerta e sem déficits motores. Crianças são frequentemente feridas durante jogos e brincadeiras, e esses acidentes acontecem principalmente no ambiente doméstico. Torna-se necessário maior investimento governamental para diminuir ferimentos penetrantes em crianças e divulgação, para a população em geral, sobre acidentes com penetração craniana, que devem ser encaminhados imediatamente ao hospital, devendo os objetos ser removidos somente durante o procedimento cirúrgico.


Assuntos
Humanos , Masculino , Criança , Acidentes Domésticos/prevenção & controle , Traumatismos Cranianos Penetrantes , Ferimentos Penetrantes
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA