RESUMO
Objetivo: Descrever as características ecográficas da separaçäo da membrana hialóide posterior em pacientes portadores de uveíte posterior.Local: Trabalho realizado no CERV (Centro Especializado Retina e Vítreo, Belo Horizonte, MG), Departamento de Ecografia do IOF(Instituto de Oftalmologia de Fortaleza) e no Hospital de Olhos Ruy Cunha. Método: Foram avaliados 19 pacientes portadores de uveíte posterior (independente da etiologia), com vitreíte moderada ou grave, com visibilidade ou näo do pólo posterior.Todos os pacientes foram submetidos à avaliaçäo de ecigrafia ocular, utilizando-se as técnicas padronizadas de exame. Resultados: Quartoze pacientes (73, 68 por cento)tiveram, no exame ecográfico, separaçäo evidente da membrana hialóide posterior; cinco pacientes (26, 32 por cento) mostraram um aparente deslocamento total do corpo vítreo posterior (DVP), porém, áreas na periferia pareciam, ainda, aderidas à retina.Dos quartoze pacientes com DVP total, quatro deles aparentavam que a suposta membrana hialóide posterior estava, ainda, aderida à retina de forma evidente.Nestes quartozepacientes foi possível identificar e diferenciar uma vitreosquise de deslocamento total do corpo vítreo posterior. Conclusäo: Os achados dos autores sugerem que a separaçäo da membrana hialóide posterior (vitreosquise) pode acontecer em pacientes portadores de uveíte posterior, imitando um DVP total ou confundindo-se, facilmente, se aderindo ao disco óptico com deslocamento de retina em funil aberto.Reconhecer este fenômeno pode ser importante para a conduta tanto clínica como cirúrgica.