RESUMO
O objetivo do presente estudo foi verificar se existe relaçäo entre a infecçäo pelo HIV em crianças contaminadas por via vertical e a ocorrência de anomalias dentárias de número, forma, tamanho, posiçäo e estrutura, detectáveis radiograficamente, na dentiçäo permanente dessa populaçäo. A amostra estudada foi de 100 crianças com idades entre 4 anos e 2 meses e 12 anos e 2 meses, provenientes da cidade de Porto Alegre distribuídas em dois grupos: (1) 50 crianças infectadas pelo HIV, contaminadas por via vertical; (2) 50 crianças saudáveis, näo infectadas pelo HIV. Os grupos foram emparelhados nos parâmetros idade, sexo, raça e condiçäo socioeconômica. Foi obtida radiografia panorâmica de todas as crianças, na qual foi avaliada a prevalência das anomalias dentárias. Os resultados obtidos evidenciaram näo existir diferença estatisticamente significatica entre os grupos estudados para a ocorrência da giroversäo, agenesia, taurodontia, dilaceraçäo e transposiçäo (p>0,05); exceçäo feita à presença de dentes extranumerários que foi mais prevalente no grupo-controle (p>0,05). Conclui-se que näo existe relaçäo estatisticamente significativa entre a infecçäo pelo HIV e a ocorrência anomalias dentárias de número, forma, tamanho, posiçäo, detectáveis radiograficamente, na dentiçäo permanente de crianças contaminadas por via vertical