RESUMO
Na zona rural do município de Chapadinha, nordeste do estado do Maranhão, os abrigos de animaisdomésticos são frequentes e próximos tanto das residências quanto das áreas de mata. A criação de bovinos, que também é comum, altera a vegetação local, criando condições para o processo de domiciliação de espécies de flebotomíneos encontradas nas áreas florestadas. Este estudo teve porobjetivo conhecer a associação dos flebotomíneos com os abrigos de animais domésticos em área rural do estado do Maranhão. Os insetos foram amostrados mensalmente de janeiro a dezembro de 2010, das 18h às 6h, com armadilhas luminosas do tipo CDC, instaladas em ambiente peridomiciliar:uma no curral bovino, uma no galinheiro e a outra no chiqueiro. Foram capturados 1.190 indivíduos de 10 espécies, sendo as mais frequentes Lutzomyia evandroi (90,6por cento; n igual 1.078), L. termitophila (2,8por cento; n igual 33), L. longipalpis (2,4por cento; n igual 29) e L. whitmani (2,4por cento; n igual 28). O galinheiro foi o abrigo que apresentou maior número de indivíduos (88por cento). Lutzomyia evandroi foi a espécie mais frequente no galinheiro (94,8por cento). No abrigo curral, as espécies mais prevalentes foram L. evandroi (57,1por cento), L. longipalpis (23,1por cento) e L. whitmani (11por cento). A espécie mais frequente no chiqueiro foi L. evandroi (63,5por cento). Em geral os flebotomíneos não mostraram preferência por abrigo, salvo L. longipalpis, mais frequente no curral e ausente no abrigo chiqueiro.
Assuntos
Animais , Abrigo para Animais , Animais Domésticos , Leishmaniose/epidemiologia , Psychodidae , Zona Rural , BrasilRESUMO
O presente trabalho teve como objetivo determinar a freqüência da infecção por Giardia lamblia dentro da faixa etária de 0 a 10 anos no município de Chapadinha, Maranhão. Os dados coproscópicos apresentados são provenientes do Laboratório Central de Chapadinha, realizados entre janeiro de 2007 e fevereiro de2008, obtidos a partir da técnica de Hoffmann, Pons e Janer (Sedimentação Espontânea). Foram analisadas 623 amostras, sendo 102 positivas para G. lamblia (16,4%), 376 negativas (60,3%) e 145 (23,2%) positivas para outros enteroparasitas. Os menores valores de infecção por G. lamblia foram observadas nos indivíduos menores de 1 ano (6,8%) e os maiores em crianças de 2 a 6 anos, onde 71,5% dos casos positivos ocorreram neste intervalo etário. A freqüência das infecções por outros enteroparasitas aumentaram continuamente, principalmente após os 4 anos. O padrão de infecção em Chapadinha é semelhante ao encontrado em outras localidades, onde as taxas de infecção aumentam com a idade e alcança um pico e, em seguida, decrescem, diferindo dos valores progressivos de infecção para os outros enteroparasitas.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Criança , Enteropatias Parasitárias , Giardia lambliaRESUMO
Apresentam-se a riqueza de espécies, a abundância relativa, a flutuaçäo sazonal e horária dos flebótomos estudados em uma capoeira da Ilha de Säo Luís - MA, área de transmissäo de leishmanioses tegumentar e visceral. Os flebótomos foram capturados em armadilha luminosa, das 18h às 6 h, uma vez por mês, de março de 1997 a fevereiro de 1998. Foram coletados 489 espécimens (251 machos e 238 fêmeas) de dez espécies: Lutzomyia antunesi (45,19 por cento), Lutzomyi whitmani (29,4 por cento), Lutzomyia longipalpis (7,56 por cento), Lutzomyia sordelli (6,34 por cento), Lutzomyia flaviscutellata (4,5 por cento), Brumptomyia avellari (4,09 por cento), Lutzomyia evandroi (1,85 por cento), Lutzomyia umbratilis (0,61 por cento), Lutzomyia corossoniensis (0,41 por cento) e Lutzomyia trispinosa (0,41 por cento). Os flebótomos estiveram presentes o ano inteiro, com maior abundância na estaçäo chuvosa (janeiro a junho), e em todos os horários, principalmente entre 0h e 1h.
Assuntos
Psychodidae , Leishmaniose/transmissãoRESUMO
Este estudo determinou a riqueza de espécies e a abundância relativa dos flebotomíneos da comunidade de Lagoas, em Buriticupu, na Amazônia Maranhense. O estudo consistiu na captura de formas adultas com auxílio de armadilhas luminosas tipo CDC e armadilha de Shannon, das 18 às 6 horas, uma ver por mês, de dezembro/95 a janeiro/97, em ambiente florestal e extraflorestal (peri e intradomicílios). No total, capturou-se 9.392 espécimens (4.302 machos e 5.090 fêmeas) distribuídos em 38 espécies (1 Brumptomyia e 37 Lutzomyia). A riqueza e abundância de espécies foram maiores na mata, seguida do peri e intradomicílio. Na mata, as espécies mais freqüentes foram Lutzomyia whitmani (64,9 por cento), L. migonei (27 por cento) e L. serrana (3,6 por cento). No peridomicílio, predominaram L. evandroi (55,4 por cento), L. whitmani (33,4 por cento) e L. migonei (6,4 por cento) e no infra, L. evandroi (97,9 por cento). O predomínio no ambiente silvestre resulta das potencialidades ainda encontradas nas glebas remanescentes da floresta täo explorada pelas atividades madeireira e agropecuária. Por outro lado, a peridomiciliaçäo de 7,7 por cento das espécies reverteu-se de grande importância epidemiológica, haja visto a existência de pacientes com leishmanioses que julgam ter adquirido a infecçäo nas proximidades de suas habitaçöes
Assuntos
Humanos , Animais , Ecossistema Amazônico , Vetores de Doenças , Leishmaniose , Phlebotomus , Psychodidae , Brasil , Efeitos do Clima , Insetos Vetores , Densidade DemográficaRESUMO
O dengue e o Aedes aegypti encontram-se disseminados em municípios de todas as regiões do Maranhão. No ano de 1995, foram trabalhados 87 dos 136 municípios em que se divide geograficamente o Estado, 176 localidades e 480.687 imóveis. Foram considerados positivos para Ae. aegypti trinta municípios (34,4 percent), 118 localidades (67,0 percent) e 10.357 imóveis (2,1 percent). Dos municípios positivos, três pertencem à Ilha de São Luís, sete à Amazônia Maranhense, 12 à zona dos cerrados meridionais, cinco à zona mista de matas-cerrados-cocais. Nas zonas que seguem - campos aluviais, matas-cocais e dunas-restinga -, Ae. aegypti foi encontrado em apenas um município. Os índices de positividade predial foram mais elevados na Amazônia Maranhense (3,5 por cento) e na Ilha de São Luís (2,5 por cento), por constituírem as rotas de maior fluxo migratório da população e de escoamento de produtos entre o Maranhão e os estados vizinhos e também por serem áreas onde estão localizados os grandes centros urbanos e econômicos do Estado. Os índices de infestação predial por Ae. aegypti e de casos de dengue notificados foram maiores nos meses úmidos, mostrando a importância das chuvas na formação de criadouros do vetor e na distribuição de Aedes e do dengue
Assuntos
Animais , Aedes , Dengue/epidemiologia , Insetos Vetores , Brasil/epidemiologia , Umidade , Características de ResidênciaRESUMO
Apresentam-se dez espécies do gênero Lutzomyia França, 1924, encontradas nos cerrados do nordeste maranhense. As capturas foram realizadas das 18h às 6h, uma vez por mês, durante nove meses, nos municípios de Aldeias Altas, Capinzal do Norte, Caxias, Codó, Coelho Neto, Timbiras, Timon e Tuntum, áreas endêmicas das leishmanioses visceral e tegumentar. No total, foram capturados 1.868 espécimens em armadilhas luminosas tipo CDC, sendo 377 no intradomicílio (64,7 por cento machos e 35,3 por cento fêmeas) e 1.491 no peridomicílio (73 por cento machos e 27 percent fêmeas). As espécies encontradas foram as que seguem: Lutzomyia cortelezii, Lutzomyia evandroi, Lutzomyia goiana, Lutzomyia intermedia, Lutzomyia lenti, Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia longipennis, Lutzomyia squamiventris, Lutzomyia termitophila e Lutzomyia whitmani. As mais abundantes no intra e no peridomicílios foram L. longipalpis (67,4 por cento e 70,2 por cento, respectivamente) e L. whitmani (31 por cento e 24,7 por cento, respectivamente). L. longipalpis ocorreu em todos os meses estudados, nas estações seca e chuvosa, e em todas as localidades trabalhadas
Assuntos
Animais , Doenças Endêmicas , Insetos Vetores , Psychodidae/classificação , Brasil/epidemiologia , Leishmaniose Cutânea/epidemiologia , Leishmaniose Visceral/epidemiologia , Estações do AnoRESUMO
Apresenta-se uma lista de flebotomíneos com 32 espécies, sendo 1 Brumptomyia e 31 Lutzomyia, distribuídas nos subgêneros Psychodopygus (6), Nyssomyia (5), Pressatia (3), Evandromyia (2), Psathyromyia (2), Sciopemyia (2), Lutzomyia (1), Micropygomyia (1), Viannamyia (1), e nos grupos Oswaldoi (5) e Migonei (3). Os flebotomíneos foram capturados na mata, peridomicílio (chiqueiro, galinheiro e estábulo) e intradomicílio (dormitório), das 18 às 6 horas, uma vez por mês, durante 4 anos na Ilha de Säo Luis, Maranhäo. Todas as espécies ocorreram na mata, sendo que 16 também foram encontradas no peri e 11 dentro dos domicílios. Foram capturados 22.581 espécimens, sendo que 65,1 por cento ocorreram no peridomicílio, 17,5 por cento na mata e 17,4 por cento no intradomicílio. A espécie mais comum foi Lutzomyia longipalpis com 66,4 por cento dos exemplares capturados, seguida por L. whitmani (24 por cento) e L. evandroi (5,9 por cento). As 29 espécies restantes representaram apenas 3,7 por cento da amostra total