RESUMO
Objetivos. Identificar pacientes portadores de doenças crônico-degenerativas que apresentem índice de massa corporal (IMC = peso / altura2) ≥ 30, diagnosticando o grau de obesidade e relacionando sua patologia de base com a presença de excesso de peso. Métodos. Foram selecionados pacientes cadastra dos nos grupos de hipertensão arterial e diabetes mellitus, de equipes de saúde que atendem em um bairro da periferia de Goiânia, Goiás, através do cálculo do IMC e também através de uma rápida entrevista com aqueles que tiveram seu IMC ≥ 30, servindo principalmente para confirmar sua residência e sua patologia de base. Resultados. Para o estudo foram identificados 106 portadores de doenças crônico-degenerativas, sendo 49 destes com IMC ≥30, ou seja, 46 apresentaram alteração no seu índice de massa corpórea, estando com algum grau de obesidade. Outros 57 indivíduos foram identificados com IMC < 30, isto é, 54% com seu índice de massa corporal abaixo do padrão de obesidade, contudo não totalmente sadias, pois alguns estavam com o padrão de sobrepeso, não estando estes adequados para o estudo. Conclusões. A obesidade já atingiu o caráter de doença epidemiológica e com ela as suas complicações, tais como doenças cardiovasculares, além de dislipidemias, diabetes mellitus e hipertensão arterial. Portanto, a obesidade anda lado a lado com o desenvolvimento e o agravamento destas doenças. Este estudo serviu para ratificar a relação direta entre a obesidade e doenças crônico-degenerativas, assim como vários outros estudos mencionados em diversas literaturas científicas do Brasil e do mundo. Tais dados servem principalmente como alerta para que se planeje, o mais rápido e eficaz possível, uma forma de deter o avanço desse mal e das suas doenças associadas.