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ACM arq. catarin. med ; 50(1): 45-57, 13/04/2021.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1354458

RESUMO

Introdução: As escalas mais utilizadas na prática clínica para avaliar a gravidade da hemorragia digestiva alta são a de Glasgow Blatchford e Rockall. No entanto, os estudos têm mostrado divergências quanto a capacidade de ambas predizeram o risco. Objetivo: Avaliar a acurácia para a identificação de pacientes de baixo risco com hemorragia ao comparar a escala de Glasgow Blatchford e Rockall. Métodos: Teste clínico realizado no Hospital Baia Sul, em Florianópolis-SC, com 84 pacientes com hemorragia digestiva alta entre 2011 e 2020. Os pacientes foram classificados, conforme as escalas de Rockall e Glasgow Blatchford (valor de corte 0 e 1) em baixo e alto risco para necessidade de transfusão sanguínea, ressangramento, óbito e internação em unidade de tratamento intensivo. Calculou-se sensibilidade, valor preditivo positivo e negativo, especificidade e área sob curva ROC (p<0,05) das escalas para cada fator de interesse e foram comparadas entre si. Resultados: Glasgow Blatchford foi melhor em predizer o risco de transfusão sanguínea (AUROC= 0,811 ± 0,092 contra 0,749 ± 0,104), equivalente para internação em unidade de tratamento intensivo (AUROC= 0,655 ± 0,120 contra 0,666 ± 0,116). Porém inferior a Rockall em ressangramento (AUROC=0,648 ± 0,115 contra 0,758 ± 0,111). Não houve significância estatística entre as escalas para óbito. Conclusão: Glasgow Blatchford mostrou-se eficaz para identificar os pacientes de baixo risco e superior em predizer o risco de transfusão sanguínea, sendo ponto de corte 1 o melhor.


Introduction: The scores most used in clinical practice to assess the severity of upper gastrintestinal bleeding are Glasgow Blatchford and Rockall. However, studies have divergences as to the ability of both to predict the risk. Objective: To evaluate the accuracy for identifying low-risk patients with bleeding when comparing the Glasgow Blatchford and Rockall score. Methods: Screening test was carried out at Hospital Baia Sul, in Florianópolis-SC, with 84 patients with gastrintestinal bleeding, from january 2011 to july 2020. Patients were classified according to the Rockall and Glasgow Blatchford scores (cut-off point 0 and 1) as low and high risk for the need for blood transfusion, rebleeding, death and intensive care unit admission. Sensitivity, positive and negative predictive value, specificity and area under ROC curve (p <0.05) of the scores were calculated for each factor of interest and were compared with each other. Results: Glasgow Blatchford was better at predicting the risk of blood transfusion (AUROC = 0.811 ± 0.092 against 0.749 ± 0.104), equivalent for admission to the intensive care unit (AUROC = 0.655 ± 0.120 against 0.666 ± 0.116). However less than Rockall in rebleeding (AUROC = 0.648 ± 0.115 against 0.758 ± 0.111). There was no statistical significance between the scores for death. Conclusion: Glasgow Blatchford proved to be effective in identifying patients at low risk and superior in predicting the risk of blood transfusion, with cutoff point 1 being the best.

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