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1.
Salvador; s.n; 2011. 110 p. ilus.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-618644

RESUMO

Algumas formas clínicas da leishmaniose tegumentar (LT) são conhecidas pela sua refratariedade ao tratamento e/ou pela raridade de apresentação. Há a tendência de se considerar a LRC uma variante a leishmaniose tegumentar, uma forma de cicatrização peculiar (surge após cicatriz de leishmaniose prévia) que denota refratariedade ao tratamento, e não uma forma clínica da doença. Este trabalho foi descrito diante da raridade da manifestação dessa forma evolutiva de LT e da grande casuística de LRC nesta população estudada. Analisar as características clínicas, epidemiológicas, histológicas e terapêuticas dos pacientes com LRC procedentes da região do Vale de Jiquiriçá, Bahia. O estudo foi realizado no Município de Jiquiriçá, pertencente à região Sudoeste da Bahia, considerada endêmica para leishmaniose tegumentar (LT). Realizou-se um estudo descritivo retrospectivo e prospectivo e o tempo total de análise foi de 10 anos, tendo inicio em 2001. Na primeira fase do estudo, todos os 840 prontuários de pacientes ativos ou inativos foram analisados para se detectar casos onde a descrição clínico–evolutiva da lesão fosse compatível com LRC. Na segunda fase, os pacientes previamente diagnosticados e os que surgiram durante o acompanhamento totalizaram os 43 (5,1% dos casos de LT) pacientes de LRC desta casuística que foram analisados por 02 anos da seguinte forma: visita por médicos infectologistas e dermatologista mensalmente, com avaliação fotográfica e preenchimento de questionário padrão; exames diagnósticos como IDRM, histopatológico e exames laboratoriais; além de acompanhamento clínico do tratamento instituído avaliando-se efeitos colaterais das drogas e critérios de cura. Os esquemas terapêuticos propostos foram ao acaso e de acordo com ensaios terapêuticos, em paralelo, que os mesmos pacientes participaram. A análise da série de 43 casos de pacientes portadores de LRC provenientes do Vale do Jiquiriçá revelou uma população de adultos jovens sendo 25% destes na faixa etária de 21-30 anos, lavradores (58%), portadores de lesões únicas ( > 75%) e de tamanho mediano em sua maioria (de 1 a 6 cm), predominantemente no segmento superior (cabeça e tronco), com 74% de prevalência. A maioria da população foi feminina, com 51,1% dos casos. Todos evoluíram com refratariedade ao tratamento (média de 8,5 meses de acompanhamento) com posterior cura clínica (82%). As melhores respostas foram obtidas com os esquemas de Glucatime + Pentoxifilina, com 4,1 meses de tratamento e Glucantime +Azitromicina + Pentoxifilina com 5,1 meses. Os pacientes apresentam histopatologia diferente da literatura, sem granulomas bem formados e com achado de Leishmanias em alguns casos. Em relação à apresentação clínica, as lesões apresentavam tubérculos ou placas ao redor das cicatrizes prévias, ao invés de pápulas como consta na literatura. Trata-se da maior casuística do Brasil. Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo e prospectivo com avaliações de aspectos clínico-evolutivos, histopatológicos, epidemiológicos e terapêuticos de 43 pacientes portadores de LRC, que demonstrou uma população feminina, jovem, composta por lavradores e com lesões únicas no segmento superior do corpo. Os indivíduos evoluíram com refratariedade ao tratamento, apesar cura clínica final.


Assuntos
Humanos , Diagnóstico , Epidemiologia , Leishmaniose Tegumentar Difusa/diagnóstico , Leishmaniose/patologia
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