RESUMO
OBJETIVO: Avaliar o uso do ácido trans, trans-mucônico urinário como biomarcador na monitorizaçäo da exposiçäo ocupacional ao benzeno. MÉTODOS: Foi estudado o comportamento do ácido trans, trans-mucônico em amostras de urina de indivíduos expostos (N=36) e näo expostos (N=116) ocupacionalmente ao solvente. A concentraçäo urinária do ácido foi determinada por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. A amostra foi constituída de indivíduos expostos ao benzeno em uma refinaria de petróleo localizada em Belo Horizonte, MG. Foram empregados os testes estatísticos näo-paramétricos de Kruskall-Wallis, Mann Witney e de correlaçäo de Spearman, ao nível de significância de 0,05 por cento. RESULTADOS: A exposiçäo média ao benzeno dos trabalhadores selecionados foi de 0,15í0,05 mg/m (0,05 ppm) o que resultou em um valor médio do metabólito urinário de 0,19í0,04 mg/g de creatinina. A faixa de referência do ácido trans, trans-mucônico no grupo näo exposto variou de 0,03 a 0,26 mg/g de creatinina (média de 0,10í0,08 mg/g de creatinina). Foi encontrada uma diferença significativa entre os níveis de ácido trans, trans-mucônico do grupo exposto e näo exposto. Entretanto, näo houve correlaçäo entre os níveis do metabólito urinário e do benzeno no ar. Foi observada a correlaçäo entre ácido trans, trans-mucônico e hábito de fumar no grupo de indivíduos expostos. A ingestäo de álcool num período de até 48 horas antes da coleta das amostras näo mostrou interferir nos níveis do metabólito nos dois grupos estudados. Foi observada a correlaçäo entre ácido trans, trans-mucônico e idade (faixa etária de 18 a 25 anos) no grupo de näo expostos. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos evidenciaram a importância de ser mais bem avaliada a influência do hábito de fumar e da faixa etária do trabalhador nos níveis urinários do ácido trans, trans-mucônico.
Assuntos
Benzeno/análise , Exposição Ocupacional , BiomarcadoresRESUMO
O presente trabalho foi realizado objetivando validar um método analítico para a determinação do ácido trans, trans-mucônico (ATTM) urinário empregando-se cromatografia líquida de alta eficiência com detecção UV. O ATTM foi previamente extraído das amostras biológicas, utilizando-se colunas de troca iônica e identificado por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). O cromatógrafo foi equipado com coluna de fase reversa Lichrosorb RP 18, 5 µm (250 × 4,2 mm). A temperatura da coluna foi mantida a 40ºC. A fase móvel utilizada foi ácido acético 1'por cento' - metanol (90-10 v/v), pH Í 2,72 a um fluxo de 1mL/mim e detecção UV em comprimento de onda de 264 nm...