RESUMO
Quando comparadas às principais causas globais de doença e morte, as doenças respiratórias recebem menos atenção e financiamento. Particularmente na asma, todos os indicadores epidemiológicos sinalizam um grande e crescente problema de saúde pública. Estima-se que 300 milhões de pessoas em todo o mundo sejam asmáticas e que 180.000 mortes anuais sejam causadas por asma. No Brasil, o estudo ISAAC identificou áreas com altas prevalências de asma, similares às do norte da Europa e da Oceania. Enquanto um estudo de mortalidade concluiu que a asma é responsável por mais de 2.000 mortes anuais no Brasil, ou seja, cerca de 6 por dia, com uma grande variação regional, outro estudo sobre morbidade quantificou cerca de mil hospitalizações diárias, representando um custo de R$100 milhões anuais para o Sistema Único de Saúde. Pode-se concluir que, face às mudanças demográficas nas populações, no estilo de vida e à epidemia tabágica, a asma continuará sendo um peso crescente em vários países do mundo, incluindo o Brasil.