RESUMO
Os autores apresentam um caso clínico de septo vaginal transverso em paciente de 14 anos, com história de amenorréia primária e hipótese inicial de hímen imperfurado. Por ocasiäo da tentativa de imenotomia, constatou-se ausência de comunicaçäo entre a depressäo correspondente ao intróito vaginal e o colo do útero. Foi realizada ultrassonografia pélvica que evidenciou útero globoso, com volumoso hematométrio, e coleçäo adjacente sugestiva de hematocolpos. Na ultrassonografia abdominal näo foi visualizada a imagem renal direita, confirmando-se agenesia renal na Urografia Excretora. Indicada laparotomia exploradora, na qual evidenciou-se hematométrio e hematossalpinge direita, corno uterino esquerdo rudimentar, e presença de cérvice e terço superior da vagina, dilatado por coleçäo sanguínea (hematocolpos). Concomitantemente foi realizada exploraçäo cirúrgica do espaço retovesical, com dissecçäo romba e abertura de neovagina, até se atingir o terço superior, com drenagem do hamatocolpos. A neovagina recebeu um enxerto de membrana amniótica, sendo colocado um molde,. Paciente evoluiu satisfatóriamente com alta no 14 DPO, neovagina epitelizada e prescriçäo de pílula combinada (etinilestradiol + gestodene) em esquema contínuo.