Ovarian abscess with spontaneous vaginal drainage

The occurrence of a rare ovarian abscess, spontaneously drained through the vagina after an abdominal hysterectomy is described. The treatment was an oophorectomy. The various forms of primary ovarian abscess are discussed in connection with these observations. This case illustrates the need for adequate manipulation of the gonad during pelvic surgery in order to avoid parenchymal contamination and the subsequent formation of such abscesses.

Prenhez cervical: consideraçöes a respeito de dois casos / Cervical pregnancy: considerations about two cases report

Apresentam-se dois casos de prenhez cervical. Uma paciente atendida em processo hemorrágico agudo, sendo submetida a curetagem uterina, laparotomia com histerectomia total e ligadura de artéria hipogástrica unilateral, com diagnóstico anatomopatológico de prenhez cervical. A outra, na 12 (semana de gestaçao, com diagnóstico da patologia, foi submetida a curetagem por aspiraçao, tamponamento da cavidade cervical e ligadura de ambas as artérias hipogástricas. Esta paciente teve duas gestaçoes posteriormente: a primeira, seguida de aborto na décima semana e, a segunda, de evoluçao a termo, com recém-nascido vivo, em boas condiçoes. Enfatiza-se o fato de que com diagnóstico precoce pode-se programar a abordagem terapêutica, aumentando-se a possibilidade de conseguir a manutençao do útero e, conseqüentemente, a capacidade reprodutiva da paciente.

Ligadura tubária: estudo de duas vias (abdominal e vaginal) / Tubal ligation: study of vaginal and abdominal routes

A laqueadura tubária é bastante difundida como método anticoncepcional. Existe uma tendência de realizar-se este procedimento durante a operaçao cesariana, com aumento do risco de complicaçoes, tanto para a gestante como para o recém-nascido. Este trabalho, realizado no Departamento de Tocoginecologia do Centro de Atençao Integral à Saúde da Mulher-Unicamp, revisou 340 casos de laqueadura fora do ciclo gravídico-puerperal ocorridos no período de novembro de 1989 a julho de 1991. Foram comparadas as vias vaginal e abdominal quanto à idade, paridade, indicaçao de laqueadura, antecedentes cirúrgicos, operaçoes concomitantes, tempo da cirurgia e da internaçao e complicaçoes no intra e pós-operatório imediato. A via vaginal mostrou-se mais vantajosa quando analisados o tempo cirúrgico e o de internaçao. Os autores concluem que se deve dar preferência à via vaginal quando nao houver contra-indicaçao e quando for necessária a realizaçao de outra cirurgia vaginal concomitante.

Análise da radioterapia com dois tipos de aplicadores ginecológicos no carcinoma do colo do útero: estádio clínico IIb / Analysis of radiotherapy with two types of gynecologic applicators in the carcinoma of the cervix: clinical stage IIb

Estudou-se uma populaçao de 114 pacientes portadoras de carcinoma do colo do útero, est dio clínico IIb, classificaçao pela Federaçao Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), submetidas a tratamento exclusivo com radioterapia. O diagnóstico foi sempre realizado por biópsia, e o estadiamento clínico compreendeu a utilizaçao dos métodos descritos na classificaçao da FIGO. A idade média da populaçao estudada foi de 54 anos. O tratamento radioterapico foi feito por radioterapia externa e braquiterapia ginecológica. Na radioterapia externa usaram-se dois tipos de equipamentos de megavoltagem: o acelerador linear e a telecobaltoterapia. Na braquiterapia ginecológica, dois tipos de aplicadores foram utilizados: um com o sistema de Fletcher-Suit-Delclos e o outro com o sistema de Henschke. O grupo de Fletcher compreendendo 66 pacientes e o grupo de Henschke, 48 pacientes. A média de idade do grupo de Fletcher foi de 54,5 anos e a do grupo de Henschke de 53,5 anos. Nos dois grupos, foi usada como terapêutica prévia a radioterapia externa pélvica com megavoltagem, enquanto que as sessoes de braquiterapia vieram posteriormente. A sobrevida total em cinco anos, no grupo de Fletcher, foi de 68 por cento e no grupo de Henschke de 44 por cento resultado significativo para o grupo de Fletcher (p = 0,0143179). As complicaçoes foram semelhantes nos dois grupos, donde se conclui que os dois métodos sao reproduzíveis em nosso meio e as pacientes do grupo de Fletcher tiveram um melhor resultado.