RESUMO
Objetivo: avaliar o processo do envelhecimento, relacionando-o ao desempenho cognitivo. Método: estudo epidemiológico, descritivo, transversal, realizado na UNATI/UFPE, com 65 idosos. Foi utilizado questionário semi-estruturado, incluindo dados sociodemográficos, escala de avaliação da satisfação global com a vida e o Miniexame do Estado Mental (MEEM). Resultados: 83,1 por cento apresentam uma doença ou condição crônica; 59,3 por cento - hipertensão, 18,5 por cento - problemas de coluna e artrose, 14,8 por cento - osteoporose, 13por cento - colesterol elevado, 11,1 por cento - doença do coração, 9,3 por cento - artrite e 3,7 por cento - diabetes. Foi reportada por 16,9 por cento dos sujeitos a não-realização de atividades rotineiras por problema de saúde nas últimas duas semanas. Com relação à percepção acerca da própria saúde, 93,8 por cento consideraram boa ou muito boa. No entanto, 66,2 por cento mencionaram ter alguma dificuldade de memória, sendo esta freqüente para 58,1 por cento dos sujeitos com queixa, e rara ou muito rara para 41,9 por cento. Além disso, 73,8 por cento praticam alguma atividade física: caminhada (44,6 por cento), a hidroginástica (23,1 por cento) e ioga (13,8 por cento). As análises inferenciais estatísticas evidenciaram efeito isolado significativo da escolaridade (F=8,703, p<0,000, 64g.l.), mas nenhum efeito significativo isolado da idade (F=0,442, p=0,724, 64g.l.) sobre os escores do MEEM. Conclusões: o processo de envelhecimento não deve ser associado necessariamente ao adoecimento e degeneração patológica, pois não inviabiliza o funcionamento sócio-psicocultural.