RESUMO
Do nascimento até o fim da vida, enfrentamos situações de vínculos e separações, de perdas e lutos, que podem ou não estar vinculadas à morte. Em casos de doenças cronicas como a aids, cercada de preconceitos, considerada ainda, por muitos, como sentença de morte, as perdas podem ganhar grandes proporções, atingir as várias esferas que constituem a vida de um indivíduo e comprometer sua vida pessoal, afetiva, social, espiritual e profissional. Este trabalho, que utilizou metodologia qualitativa de pesquisa, teve por objetivo identificar e descrever as perdas pelas quais passam pacientes com HIV/aids. A amostra foi constituida por 12 sujeitos, com idade variando entre 30-50 anos, usuários do CRT DST/AIDS-sp, em tratamento com a terapia anti-retroviral. O instrumento utilizado foi a entrevista individual, do tipo semi-estruturada, que contou com o recurso da gravação. O material obtido foi transcrito e submetido à analise tematica, que permitiu o estabelecimento de duas grandes categorias: a das perdas e a da reorganização da vida. Na categoria perdas, destacaram-se as perdas: da imortalidade, da identidade, da saúde e da esperança. Essas perdas trouxeram perdas secundárias e afetaram as várias esferas da vida do sujeito(afetiva, familiar, sexual, social e profissional). A categoria reorganização da vida revelou que os sujeitos elaboraram essas perdas e reorganirzaram suas vidas, através de diferentes figuras de apego: a religião, a família e os profissionais de saúde. Os resultados desta pesquisa sugerem que o modelo assistencial deve priorizar a politica de humanização, desenvolvendo um ambiente acolhedor e utilizando o aconselhamento e os trabalhos de grupo como estrategias facilitadoras, para que o paciente possa encontrar recursos que aliviem seu sofrimento em todas as fases da infecção. Neste contexto, ressalta-se a importância dos cuidados no que se refere a relação profissional-paciente
Assuntos
Humanos , Adaptação Psicológica , Atitude Frente a Morte , Estresse Psicológico , Morte , Pesar , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/psicologiaRESUMO
Do nascimento até o fim da vida, enfrentamos situações de vínculos e separações, de perdas e lutos, que podem ou não estar vinculadas à morte. Em casos de doenças crônicas como a aids, cercada de preconceitos, considerada ainda, por muitos, como sentença de morte, as perdas podem ganhar grandes proporções, atingir as várias esferas que constituem a vida de um indivíduo e comprometer sua vida pessoal, afetiva, social, espiritual e profissional. Este trabalho, que utilizou metodologia qualitativa de pesquisa, teve por objetivo identificar e descrever as perdas pelas quais passam pacientes com HIV/aids. A amostra foi constituída por 12 sujeitos, com idade variando entre 30-50 anos, usuários do CRT DST/AIDS - SP, em tratamento com a terapia anti-retroviral. O instrumento utilizado foi a entrevista individual, do tipo semi-estruturada, que contou com o recurso da gravação. O material obtido foi transcrito e submetido à análise temática, que permitiu o estabelecimento de duas grandes categorias: a das perdas e a da reorganização da vida. Na categoria perdas, destacaram-se as perdas da: imortalidade, identidade, saúde e esperança. Essas perdas trouxeram perdas secundárias e afetaram as várias esferas da vida do sujeito (afetiva, familiar, sexual, social e profissional). A categoria reorganização da vida revelou que os sujeitos elaboraram essas perdas e reorganizaram suas vidas, através de diferentes figuras de apego: a religião, a família e os profissionais de saúde. Os resultados desta pesquisa sugerem que o modelo assistencial priorize a política de humanização, desenvolvendo um ambiente acolhedor e utilizando o aconselhamento e os trabalhos de grupo como estratégias facilitadoras, para que o paciente possa encontrar recursos que aliviem seu sofrimento em todas as fases da infecção. Neste contexto, ressalta-se a importância dos cuidados no que se refere à relação profissional-paciente
Assuntos
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida , Adaptação Psicológica , Atitude Frente a Morte , Morte , Pesar , Estresse Psicológico , Assistência ao PacienteRESUMO
Do nascimento até o fim da vida, enfrentamos situações de vínculos e separações, de perdas e lutos, que podem ou não estar vinculadas à morte. Em casos de doenças crônicas como a aids, cercada de preconceitos, considerada ainda, por muitos, como sentença de morte, as perdas podem ganhar grandes proporções, atingir as várias esferas que constituem a vida de um indivíduo e comprometer sua vida pessoal, afetiva, social, espiritual e profissional. Este trabalho, que utilizou metodologia qualitativa de pesquisa, teve por objetivo identificar e descrever as perdas pelas quais passam pacientes com HIV/aids. A amostra foi constituída por 12 sujeitos, com idade variando entre 30-50 anos, usuários do CRT DST/AIDS - SP, em tratamento com a terapia anti-retroviral. O instrumento utilizado foi a entrevista individual, do tipo semi-estruturada, que contou com o recurso da gravação. O material obtido foi transcrito e submetido à análise temática, que permitiu o estabelecimento de duas grandes categorias: a das perdas e a da reorganização da vida. Na categoria perdas, destacaram-se as perdas da: imortalidade, identidade, saúde e esperança. Essas perdas trouxeram perdas secundárias e afetaram as várias esferas da vida do sujeito (afetiva, familiar, sexual, social e profissional). A categoria reorganização da vida revelou que os sujeitos elaboraram essas perdas e reorganizaram suas vidas, através de diferentes figuras de apego: a religião, a família e os profissionais de saúde. Os resultados desta pesquisa sugerem que o modelo assistencial priorize a política de humanização, desenvolvendo um ambiente acolhedor e utilizando o aconselhamento e os trabalhos de grupo como estratégias facilitadoras, para que o paciente possa encontrar recursos que aliviem seu sofrimento em todas as fases da infecção. Neste contexto, ressalta-se a importância dos cuidados no que se refere à relação profissional-paciente
Assuntos
Masculino , Feminino , Humanos , Adaptação Psicológica , Atitude Frente a Morte , Estresse Psicológico , Morte , Pesar , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida , Assistência ao Paciente , Atenção à SaúdeRESUMO
Ao longo de nossas vidas enfrentamos situações de perdas e lutos, vinculadas ou não a morte. Uma perda sempre traz perdas secundarias. Em caso de doencas como a aids, cercada de preconceitos, contagiosa e incuravel(até o momento), as perdas podem ganhar grandes proporçoes, e comprometer a vida pessoal, afetiva, social e profissional de seu portador. Este trabalho tem por objetivo identificar as perdas e os lutos que surgem em decorrencia da aids, e a forma que os sujeitos elaboraram a perda de sua saude. Foram selecionados 12 sujeitos, 6 homens e 6 mulheres, entre 30-50 anos, usuários do CRT-DST/aids-SP em tratamento anti-retroviral. Foi realizada uma entrevista (gravada), com base em um questionario com perguntas abertas, de janeiro a maio de 2002. Fatores como nivel de renda, escolaridade e profissao foram levados em consideracao na pesquisa e na interpretacao dos dados. Os pacientes nos relatarm eventos vinculados a infeccao hiv/aids em que a sensacao de perda e luto foi potencializada. Entre eles, o impacto do diagnóstico; comunicação da soropositividade a parceiros, amigos e familiares; dificuldades afetivas e sociais, decisao de iniciar o tratamento; perdas secundarias (trabalho, independencia, sexualidade, imagem corporal, auto-estima), desenvolvimento de infeccoes oportunistas, variacao de carga viral e CD4; internaçao hospitalar e agravamento do quadro geral. Foi possivel avaliar, dentro dos limites da amostra, as experiencias objetiva e subjetiva dos lutos experienciados, nos varios aspectos da vida do sujeito. Concluimos que a maneira como o individuo elabora seus varios lutos influencia, de forma positiva ou negativa, em sua qualidade de vida e, inclusive, de se sobrevida.