RESUMO
ABSTRACT Purpose: This study aimed to compare four depths of manual dissection for the preparation of Descemet stripping endothelial keratoplasty lamellae. Methods: Eye bank corneas were randomized into four groups according to dissection depths: Pachy-100 (incision depth = central corneal thickness-safety margin of 100 µm), Pachy-50 (safety margin of 50 µm), Pachy-0 (no safety margin), and Pachy+50 (incision depth = central corneal thickness + 50 µm). All endothelial lamellae were prepared using a standardized method of manual dissection (Pachy-DSEK). The central, paracentral (3.0-mm zone), and peripheral (6.0-mm zone) lamella thicknesses and incision depths were measured by optical coherence tomography. The 3.0-mm and 6.0-mm zone central-to-peripheral thickness ratios were calculated. Results: Endothelial perforation occurred only in the Pachy+50 group (n=3, 30%). Central lamella's thickness in Pachy-100, Pachy-50, Pachy-0, and Pachy+50 groups measured 185 ± 42 µm, 122 ± 29 µm, 114 ± 29 µm, and 58 ± 31 µm, respectively (p<0.001). The overall 3.0- and 6.0-mm C/P ratios were 0.97 ± 0.06 and 0.92 ± 0.14, respectively. Preoperative donor characteristics were not correlated with most thickness outcomes. The planned incision depth correlated significantly with most lamella's thickness parameters (p<0.001). The overall thickness of the lamella negatively correlated with the planned incision depth (p<0.001, r=-0.580). The best outcome was found in the Pachy-0 group, as 75% of the lamellae measured <130 µm and there was no endothelial perforation. Conclusions: By using a standardized method of dissection, most manually prepared lamellae presented a planar shape. Setting the incision depth to the central corneal thickness did not result in endothelial perforation and a high percentage of ultrathin lamellae was achieved.
RESUMO Objetivo: Comparar quatro profundidades de dissecção manual usadas no preparo de lamelas para transplante endotelial. Métodos: Córneas humanas de treinamento disponibilizadas foram randomizadas em quatro grupos: Pachy-100 (profundidade de incisão = espessura corneana central - margem de segurança de 100 µm), Pachy-50 (margem de segurança de 50 µm), Pachy-0 (sem margem de segurança) e Pachy+50 (profundidade de incisão = espessura corneana central + 50 µm). Todas as lamelas foram dissecadas através um método padronizado e já publicado (Pachy-DSEK). As espessuras das lamelas (centro, zona de 3,0mm e zona de 6,0mm) foram medidas com tomografia de coerência óptica. A razão de espessura centro-periferia foi calculada aos 3,0 e 6,0 mm de diâmetro. Resultados: Perfuração endotelial ocorreu apenas no grupo Pachy+50 (n=3, 30%). A espessura central da lamela nos grupos Pachy-100, Pachy-50, Pachy-0 e Pachy+50 foi de 185 ± 42 µm, 122 ± 29 µm, 114 ± 29 µm, e 58 ± 31 µm, respectivamente (p<0,001). As razões C/P aos 3,0 e 6,0 mm foram de 0,97 ± 0,06 e 0,92 ± 0,14, respectivamente. Os parâmetros de características do doador não se correlacionaram com os resultados de espessura de lamela. A profundidade planejada de incisão se correlacionou com a maioria dos parâmetros de espessura de lamela (p<0,001). A espessura de lamela se correlacionou negativamente com a profundidade planejada da incisão (p<0.001, r=-0,580). O melhor resultado foi observado no grupo Pachy-0, em que 75% das lamelas mediram abaixo de 130 µm e não houve perfuração endotelial. Conclusão: Através de um método padronizado de dissecção, a maioria das lamelas endoteliais apresentou uma configuração planar. O planejamento de profundidade de incisão igual à espessura corneana central resultou em alta porcentagem de lamelas ultrafinas sem ocorrência de perfuração.