RESUMO
Objetivo Analisar os fatores que podem influenciar no desempenho da ventilação não invasiva em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Métodos Realizou-se um estudo retrospectivo por levantamento e análise de 241 prontuários e fichas de acompanhamento da ventilação não invasiva. Analisou-se a idade, tempo de cirurgia, de anestesia, de circulação extra corpórea, de ventilação não invasiva, de ventilação mecânica invasiva, comorbidades e complicações pós-operatórias, correlacionando-as com a indicação e com o desempenho da ventilação não invasiva. Utilizou-se o teste qui quadrado para analisar as diferenças e investigar a influência da idade e do tempo de ventilação mecânica, além de analisar também o insucesso. Resultados Dentre os casos analisados, 159 (68,47%) eram do sexo masculino; 201 (83,40%) obtiveram sucesso e 40 (16,60%) insucesso. Identificou-se significância estatística em relação ao tempo de ventilação invasiva, desfecho, idade, complicações respiratórias e classificação de risco cirúrgico. Conclusões O presente estudo demonstrou que os pacientes menos graves foram aqueles que melhor se beneficiaram do uso da ventilação não invasiva, e apesar de ter diversos estudos sobre o tema, ainda o mesmo é atual e precisa ser mais criteriosamente investigado
Objective To analyze the factors that may influence the performance of non-invasive ventilation in patients in the postoperative period of cardiac surgery. Methods A retrospective study was conducted by surveying and analyzing 241 promptuares and evaluation sheets of non-invasive ventilation. Age, time of surgery, anesthesia, extracorporeal circulation, noninvasive ventilation, invasive mechanical ventilation, comorbidities and postoperative complications were analyzed, correlating them with the indication and performance of non-invasive ventilation. The chi-square test was used to analyze the differences and investigate the influence of age and time of mechanical ventilation, as well as to analyze the failure. Results Among the analyzed cases, 159 (68.47%) were male; 201 (83.40%) were successful and 40 (16.60%) were unsuccessful. Statistical significance was determined in relation to the time of invasive ventilation, outcome, age, respiratory complications and surgical risk classification. Conclusions The present study demonstrated that the less severe patients were those who benefited most from the use of non-invasive ventilation, and despite having several studies on the subject, it is still current and needs to be more carefully investigated