RESUMO
OBJETIVO: Apresentar uma revisão das principais causas da nova displasia broncopulmonar e as estratégias utilizadas para diminuir sua incidência nos prematuros extremos. FONTES DOS DADOS: Para essa revisão, pesquisas foram feitas na MEDLINE (1996 a outubro de 2004), no Cochrane Database, em resumos da Society for Pediatric Research e recentes conferências sobre o tema. SíNTESE DOS DADOS: A tecnologia e os novos conhecimentos científicos têm aumentado significantemente a sobrevida de prematuros extremos. Esse aumento da sobrevida resultou em aumento da incidência de displasia broncopulmonar. Atualmente, a displasia broncopulmonar é mais freqüentemente observada em recém-nascidos < 1.200 g. As características da displasia broncopulmonar nesses prematuros extremos, atualmente chamada de "nova" displasia broncopulmonar, são bastante diferentes da clássica descrita por Northway. A nova displasia broncopulmonar tem etiologia multifatorial, como volutrauma, atelectrauma, toxicidade ao oxigênio e reação inflamatória. Terapias como corticosteróide pré-natal, surfactante exógeno, pressão aérea positiva contínua nasal, novos tipos de ventilação mecânica e uma ventilação mais gentil têm sido usadas para tentar diminuir a gravidade da lesão pulmonar. CONCLUSÕES: Para prevenir a lesão pulmonar em prematuros extremos, é necessário minimizar os vários fatores que desencadeiam a displasia broncopulmonar e utilizar estratégias terapêuticas menos agressivas. O melhor conhecimento desses fatores de risco da displasia broncopulmonar poderá gerar novas terapêuticas, que, conjuntamente com o tratamento utilizado atualmente para minimizar a lesão pulmonar, serão fundamentais para uma melhor evolução clínica desses prematuros extremos.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Displasia Broncopulmonar/prevenção & controle , Recém-Nascido Prematuro , Recém-Nascido de muito Baixo Peso , Displasia Broncopulmonar/etiologia , Displasia Broncopulmonar/terapia , Respiração ArtificialRESUMO
Obejtivos: revisar a literatura médica enfatizando os novos avanços cientifícos no tratamento da hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido. Material e Metodos: levantamento bibliográfico da Medline e da Cochrane Database Library. Resultados e Comentários: a doença de hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido (HPPN) é caracterizada por aumento da resistência vascular pulmonar, associada com shunt da direita para a esquerda através do forame oval ou canal arterial, o qual causa profunda hipoxemia e insuficiência respiratória. Na transição da circulação fetal de alta resistência pulmonar para a pós-natal de baixa resistência pulmonar, o equilíbrio entre os mediadores que causam vasoconstrição (endotelina) e vasodilatção (óxido nítrico e prostagladina I2) pulmonar tem um papel muito importante. Portanto, no tratamento da HPPN, além de corrigir a causa básica que levou à HPPN, de proporcionar as medidas gerais e suporte cardiovascular, é necessario usar drogas que causam dilatação seletiva do leito vascular pulmonar, como o óxido nítrico por via inalatória (iNO). Além disso, parece que o uso de iNO combinado com ventilação de alta frequência propicia melhores resultdos do que o iNO administrado com ventilação convencional. Portanto, o advento do iNO fez com que praticamente fosse abandonado o uso da hiperventilação e de drogas vasodilatadoras que não sejam seletivas para a circulação pulmonar, como a tolazolina. Por outro lado, tem sido sugerido o uso de surfactante pulmonar, principalmente em pacientes com HPPN devido a aspiração de mecônio. No entanto, se todas essas medidas terapêuticas falharem, o uso da oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) como terapêutica de resgate é sem dúvida aconselhável. Com o uso dessas novas tecnologias a mortalidade da HPPN diminuiu significantemente e a preocupação atual está voltada para a qualidade de vida destes pacientes, principalmente quanto ao desenvolvimento neuropsicomotor
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Hipertensão PulmonarRESUMO
Os autores descrevem um caso de recém-nascido prematuro extremo, com 1.000g, que a partir do 10§ dia de vida, desenvolveu um quadro de múltiplos abscessos subcutâneos por Stafilococcus aureus, septicemia e colestase importante, e a autópsia revelou a presença de endocardite bacteriana de valva tricúspide, septicemia e kernicterus. Discute-se o quadro clínico, a dificuldade de diagnóstico, a evoluçäo da endocardite bacteriana neonatal e alerta-se para a necessidade de se suspeitar deste diagnóstico em recém-nascidos com septicemia ou aqueles que necessitarem cateterizaçäo central ou de veia umbilical