RESUMO
Abstract Objective: This study was carried out to understand the disparities in mortality and survival without major morbidities among very premature and very low birth weight infants between participating Neonatal Intensive Care Units (NICUs) from the Brazilian Network on Neonatal Research (RBPN) and the Neonatal Research Network of Japan (NRNJ). Methods: Secondary data analysis of surveys by the RBPN and NRNJ was performed. The surveys were conducted in 2014 and 2015 and included 187 NICUs. Primary outcome was mortality or survival without any major morbidity. Logistic regression analysis adjustment for confounding factors was used. Results: The study population consisted of 6,406 infants from the NRNJ and 2,319 from the RBPN. Controlling for various confounders, infants from RBPN had 9.06 times higher adjusted odds of mortality (95%CI 7.30-11.29), and lower odds of survival without major morbidities (AOR 0.36; 95%CI 0.32-0.41) compared with those from the NRNJ. Factors associated with higher odds of mortality among Brazilian NICUs included: Air Leak Syndrome (AOR 4.73; 95%CI 1.26-15.27), Necrotizing Enterocolitis (AOR 3.25; 95%CI 1.38-7.26), and Late Onset Sepsis (LOS) (AOR 4.86; 95%CI 2.25-10.97). Conclusions: Very premature and very low birth weight infants from Brazil had significantly higher odds for mortality and lower odds for survival without major morbidities in comparison to those from Japan. Additionally, we identified the factors that increased the odds of in-hospital neonatal death in Brazil, most of which was related to LOS.
RESUMO Objetivo: Este estudo foi realizado para compreender as disparidades na mortalidade e sobrevivência sem as principais morbidades entre recém-nascidos muito prematuros e de muito baixo peso entre Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs) participantes da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais (RBPN) e Rede de Pesquisa Neonatal do Japão (NRNJ). Métodos: Foi realizada uma análise dos dados secundários dos bancos de dados da RBPN e da NRNJ. As pesquisas foram realizadas em 2014 e 2015 e incluíram 187 UTINs. O desfecho primário foi mortalidade ou sobrevida sem qualquer morbidade importante. Utilizou-se a análise de regressão logística com ajuste para os fatores de confusão. Resultados: A população do estudo foi composta por 6.406 recém-nascidos do NRNJ e 2.319 do RBPN. Ajustando para diversos fatores de confusão, os prematuros da RBPN tiveram 9,06 vezes maiores chances de mortalidade (IC95% 7,30-11,29) e menores chances de sobrevivência sem morbidades importantes (AOR 0,36; IC95% 0,32-0,41) em comparação com os da NRNJ. Fatores associados a maiores chances de mortalidade entre as UTINs brasileiras incluíram: síndrome de escape de ar (AOR 4,73; IC95% 1,26-15,27), enterocolite necrosante (AOR 3,25; IC95% 1,38-7,26) e sepse de início tardio (AOR 4,86; IC95% 2,25-10,97). Conclusões: Os recém-nascidos muito prematuros e de muito baixo peso do Brasil apresentaram chances significativamente maiores de mortalidade e menores chances de sobrevivência sem as principais morbidades em comparação aos do Japão. Além disso, identificamos os fatores que aumentam as chances da morte neonatal no Brasil, sendo a maioria relacionada à sepse tardia.