RESUMO
As bexigas de 91 autópsias foram estudadas histologicamente para se avaliar a freqüência e a distribuiçäo anatômica de alteraçöes uroteliais proliferativas. Sessenta e sete (74%) dos casos apresentaram pelo menos uma das lesöes estudadas, sendo os ninhos de Brünn a lesäo mais freqüente (60%), seguida de "cistite" glandular (45%) e metaplasia escamosa (24%). Todas as lesöes foram mais freqüentes no trígono vesical. Ninhos de Brünn e "cistite" glandular ocorreram em todas as faixas etárias e indiferentemente nos dois sexos, sendo mais freqüentes acima dos 15 anos de idade, quando ocorreram no sexo masculino. A metaplasia escamosa foi alteraçäo observada só acima dos 15 anos de idade, em 70 a 100% das mulheres e somente em 3 a 12% dos homens. frente à baixa freqüência do carcinoma de bexiga em nosso meio, näo há razäo para considerar estas alteraçöes epiteliais täo ubíquas como lesöes pré-neoplásicas
Assuntos
Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Bexiga Urinária/patologia , Ureter/citologia , Cistite/patologia , MetaplasiaRESUMO
A elevada taxa de recorrência do câncer de bexiga é parcialmente devida a processo neoplasico multifocal do urotélio, concomitante ou posterior ao diagnóstico da primeira lesäo tumoral. Esta observaçäo justifica o seguimento rigoroso dos pacientes após ressecçäo parcial destas neoplasias. Os autores relatam umc caso de carcinoma "in situ" näo-papilífero de bexiga, detectado pelo exame citológico da urina três anos após ressecçäo de carcinoma papilífero. Depois de discutir este encontro de lesäo urotelial pré-invasiva näo papilífera em paciente de alto rico e apontar a concomitância com hiperplasia nodular depróstata, os autores salientam a eficiência do escrutínio citológico na populaçäo de alto risco para neoplasia vesical