RESUMO
Analisa o processo que levou à utilização das terapias de choque (convulsoterapia, insulinoterapia, piretoterapia, entre outras) no mais importante hospital psiquiátrico de São Paulo, o hospital do Juquery, no período em que foi dirigido pelo conhecido psiquiatra Antonio Carlos Pacheco e Silva, entre as décadas de 1920 e 1930. Trata, assim, de um episódio da história da psiquiatria paulista, procurando esclarecer como no contexto de predominância de teorias organicistas, tais terapias forma introduzidas e largamente utilizadas no hospital. Este estudo nos faz refletir sobre as imensas barreiras - em grande parte de natureza política, científica e ideológicas - que precisam ser transpostas para que as sociedades contemporâneas acolham os seus doentes e cuidem de suas angústias e sofrimentos mentais.