RESUMO
Nos últimos anos tem havido referências à limitaçao da resposta metabólica nas duas primeiras semanas após trauma cranioencefálico (TCE). Foi feita proposta de estudo a partir de experimento clínico em pacientes com trauma encefálico grave, que foram avaliados por volta de 7 dias após a lesao (MI). A segunda avaliaçao ocorreu 4 dias após (M2), e a terceira 3 a 4 dias após (M3). Em um período de 2 anos, foram selecionados 28 pacientes do sexo masculino, com trauma encefálico grave, escala de gravidade de Glasgow entre 4 e 6. Dentre os 28 pacientes, 6 completaram o estudo proposto. Os pacientes foram acompanhados clinicamente durante toda a fase do experimento. Em cada um dos momentos de análise, foram feitas análises da excreçao nitrogenada e proteínas de fase aguda. Da mesma forma foram feitas determinaçoes da glicemia plasmática. N-amínico e triglicerídeos. Os resultados do estudo demonstraram nao haver modificaçoes no balanço nitrogenado, normalizaçao da proteína-C-reativa e reduçao relativa da glicemia ao final do experimento. Os autores tecem consideraçoes sobre os possíveis mecanismos envolvidos na modulaçao da resposta metabólica e concluem que o hipermetabolismo, a basear-se na análise de glicemia e das proteínas de fase aguda, nao persiste além do 13º dia do período de recuperaçao pós-trauma. Sao feitas sugestoes de estudos futuros que possam elucidar os mecanismos envolvidos na normalizaçao do hipercatabolismo e hipermetabolismo observados nas duas primeiras semanas após TCE.