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Rev. bras. ter. intensiva ; 32(2): 251-260, Apr.-June 2020. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1138480

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados com a síndrome de burnout em profissionais que atuam em unidade de terapia intensiva. Métodos: Estudo transversal com base populacional. Aplicou-se um questionário sociodemográfico, comportamental e ocupacional a 241 enfermeiros e médicos atuantes em 17 unidades de terapia intensiva públicas na cidade de São Luís (MA). Utilizou-se o Maslach Burnout Inventory-Human Services Survey (MBI-HSS) para identificar a síndrome, com base nos critérios de Maslach e Grunfeld. A taxa de prevalência foi estimada juntamente do intervalo de confiança de 95% para cada dimensão da síndrome. As associações foram estimadas pela razão de chance (odds ratio), por meio de análises de regressão logística múltipla (α = 5%). Resultados: A prevalência da síndrome de burnout foi de 0,41% (0,01 - 2,29) segundo Maslach e 36,9% (30,82 - 43,36) segundo Grunfeld. Os profissionais das unidades de atendimento pediátrico tiveram maior probabilidade de desenvolver exaustão emocional (OR = 3,16). Aqueles com idade superior a 35 anos tiveram menos propensão a desenvolver exaustão emocional (OR = 0,32) e despersonalização (OR = 0,06). Maior número de horas de trabalho em unidades de terapia intensiva associou-se com diminuição da realização pessoal (OR = 1,13). Dentre os enfermeiros, os homens foram mais propensos à diminuição da realização profissional, e a ausência da prática de atividades físicas regulares associou-se com mais exaustão emocional e menos despersonalização. Dentre os médicos, o trabalho nas unidades de terapia intensiva pediátrica e cardiológica os tornou menos propensos a perceberem menor realização pessoal, e os médicos sem pós-graduação em terapia intensiva tiveram maior chance de apresentar sentimento de falta de realização pessoal. Conclusão: Este estudo demonstrou baixa prevalência da síndrome de burnout. Para cada dimensão de burnout, a maioria dos profissionais demonstrou baixos níveis de exaustão emocional, despersonalização e sentimento de falta de realização pessoal. Enfermeiros e médicos apresentaram diferentes características associadas com a síndrome de burnout.


ABSTRACT Objective: To assess the prevalence of and factors associated with Burnout syndrome among intensive care unit professionals. Methods: In this cross-sectional population-based study, a questionnaire assessing sociodemographic, behavioral, and occupational data was administered to 241 nurses and physicians working in 17 public intensive care units in São Luis (MA), Brazil. The Maslach Burnout Inventory - Human Services Survey was used to identify Burnout syndrome based on Maslach's and Grunfeld's criteria. The prevalence of each dimension of the syndrome was estimated with a 95% confidence interval. Associations were estimated by the odds ratios via multiple logistic regression analyses (α = 5%). Results: The prevalence of Burnout syndrome was 0.41% (0.01 - 2.29) according to Maslach's criteria and 36.9% (30.82 - 43.36) according to Grunfeld's criteria. Infant intensive care unit professionals were more likely to develop emotional exhaustion than other intensive care professionals (OR = 3.16). Respondents over the age of 35 were less likely to develop emotional exhaustion (OR = 0.32) and depersonalization (OR = 0.06). Longer working hours in intensive care units were associated with a reduced sense of personal accomplishment (OR = 1.13). Among nurses, males had a lower sense of professional accomplishment, and not exercising regularly was associated with more emotional exhaustion and less depersonalization. Among physicians, working in infant and cardiology intensive care units made them less likely to have a reduced sense of personal accomplishment, and physicians without a postgraduate degree who worked in intensive care units had a higher chance of having a lower sense of personal accomplishment. Conclusion: This study demonstrated the low prevalence of Burnout syndrome. Most of the professionals reported low levels for each dimension of Burnout, including low levels of emotional exhaustion, low levels of depersonalization, and a lower likelihood of having a reduced sense of personal accomplishment. Nurses and physicians have different characteristics associated with Burnout syndrome.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Médicos/psicologia , Esgotamento Profissional/epidemiologia , Unidades de Terapia Intensiva , Enfermeiras e Enfermeiros/psicologia , Brasil , Prevalência , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários
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