RESUMO
Este trabalho teve por objetivo avaliar as condições higiênico-sanitárias da feira-livre do Município de Criciúma/SC. A amostra foi composta por 31 feirantes divididos em 4 categorias, de acordo com a sua atividade: 74,87 por cento (n=23) hortifrutigranjeiro (categoria I), 12,90 por cento (n=4) comércio de queijos, doces e bolachas (categoria II), 9,68 por cento (n=3) comércio de carnes (categoria III) e 3,23 por cento (n=1) lanchonete (categoria IV). Para obtenção dos dados foi elaborado e aplicado um questionário com perguntas diretas visando constatar as condições higiênico-sanitárias de manipulação, instalações físicas e armazenamento dos gêneros e perguntas indiretas, que compreenderam em nome, sexo, idade e atividade exercida. Em relação à higiene pessoal, constatou-se que 67,74 por cento (n=21) não faziam uso de uniforme limpo; 32,26 por cento (n=10) apresentavam unhas curtas; 3,23 por cento (n=1) usavam sapato fechado; 16,13 por cento (n=5) protegiam os cabelos e 41,94 por cento (n=13) higienizavam corretamente as mãos. No que se refere às instalações físicas foi observado que 35,48 por cento (n=11) apresentavam equipamentos e utensílios (limpos e conservados) e 38,71 por cento (n=12) ambiente limpo. Os resultados obtidos em relação ao armazenamento mostraram que 45,16 por cento (n=14) apresentavam sistema de empilhamento adequado e 83,87 por cento (n=26) exibiam tempo e temperatura adequados. A pesquisa comprovou inúmeras irregularidades referentes aos aspectos higiênico-sanitários, instalações físicas e armazenamento; sugere-se a elaboração de treinamentos possibilitando a implantação do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), assim como as Boas Práticas de Fabricação (BPF) adaptados às atividades de feira-livre, proporcionando a qualidade dos produtos fornecidos à população.