RESUMO
A internação involuntária ocorre sem o consentimento do paciente, solicitada por terceiro e que deve ser notificada ao Ministério Público Estadual em até 72 horas (Lei 10.216/2001). Este é um estudo retrospectivo, quantitativo e descritivo que, através da análise de prontuários (n=350) avaliou o perfil epidemiológico dos pacientes internados involuntariamente num hospital psiquiátrico do extremo sul catarinense, no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2016, obtendo-se o perfil: sexo masculino, com média de 38,77 anos, solteiro, residente com pais e/ou irmãos, ensino fundamental incompleto, empregado e/ou autônomo, não usuário de drogas, com mediana de uma internação psiquiátrica no período, portador de esquizofrenia, mãe e/ou pai como acompanhante responsável na admissão e alta hospitalar por melhora clínica. A avaliação do perfil epidemiológico de pacientes internados involuntariamente possibilita maior compreensão dessa população, ainda submetida a aspectos polêmicos sobre diagnósticos e decisões terapêuticas, colaborando assim para a elaboração de políticas públicas de saúde mental mais efetivas.
The involuntary admission happens without the patient's approval, solicited by a third party and which must notified to the State Public Ministry within 72 hours (Law 10.2016/2001). This is a retrospective, quantitative and descriptive study that, through the analysis of medical records (n = 350) evaluated the epidemiological profile of patients hospitalized involuntarily in a psychiatric hospital in the extreme south of Santa Catarina, in the period from January 2012 to December 2016, obtaining the profile: male gender, averagely aged 38.77 years old, single, residing with parents and/or siblings, incomplete primary school, employed and/or autonomous, non-drug user, with a median of one psychiatric hospitalization in the period, diagnosed with schizophrenia, accompanied by a parent as a responsible during admission and hospital discharge due to clinical improvement. The evaluation of the epidemiological profile of involuntarily admitted patients makes it possible for greater comprehension of this population, still being submitted to polemic aspects about the diagnostics and therapeutic decisions, thus collaborating to the elaboration of more effective public mental health policies.