Relação entre maturação esquelética e a orientação esportiva em jovens futebolistas

RESUMO O objetivo foi verificar a relação entre a orientação esportiva e a idade esquelética em atletas de futebol de 12 a 15 anos. A amostra foi de 106 jovens futebolistas, do sexo masculino, e foram feitas medidas do tamanho corporal, idade esquelética e para avaliação do comportamento competitivo usou-se o Sport Orientation Questionnaire com as subescalas competir (TQ1), vencer (TQ2) e estabelecer metas (TQ3). A Ancova não verificou diferença significativa entre os diferentes grupos de maturidade (p> 0,05) com a orientação esportiva, já a correlação de Spearman observou uma relação negativa apenas no grupo de maturidade "no tempo", com o TQ2 (r=-0,28). Conclui-se que a maturação esquelética apresentou fraca relação com o comportamento dos jovens atletas de futebol.

ABSTRACT The objective was to verify the relationship between sportsmanship and skeletal age in soccer players aged 12 to 15 years. The sample was of 106 young male soccer players, and measurements of body size, skeletal age and competitive behavior were used. The Sport Orientation Questionnaire was used with the sub scales to compete (TQ1), to win (TQ2) and to establish goals (TQ3). The ANCOVA did not find a significant difference between the different maturity groups (P> 0.05) with the sports orientation, whereas the Spearman correlation observed a negative relation only in the maturity group "in time", with TQ2 (r=- 0.28). It was concluded that the skeletal maturation presented a weak relation with the behavior of the young soccer athletes.

RESUMEN El objetivo fue comprobar la relación entre la orientación deportiva y la edad esquelética en futbolistas de 12 a 15 años. La muestra estaba compuesta por 106 jóvenes futbolistas de sexo masculino y se tomaron medidas del tamaño corporal y la edad esquelética, y para la evaluación del comportamiento competitivo se utilizó el Sport Orientation Questionnaire con las subescalas competir (TQ1), ganar (TQ2) y establecer metas (TQ3). El ANCOVA no verificó ninguna diferencia considerable entre los diferentes grupos de madurez (p> 0,05) respecto a la orientación deportiva, mientras que la correlación de Spearman observó una relación negativa solo en el grupo de madurez «en el tiempo¼ con el TQ2 (r=-0,28). Se concluye que la maduración esquelética presentó una débil relación con el comportamiento de los jóvenes futbolistas.

Motives for sports practice in young soccer and volleyball athletes / Motivos para prática de esportes em atletas jovens de futebol e voleibol

Abstract The reasons why athletes, especially young people, seek to adhere to sports practice has aroused the interest of research. The aim of this study was to identify the reasons for the sports practice of young soccer and volleyball athletes according to gender, age, family economic class, practice time and level of competitiveness. 188 athletes, 56 volleyball athletes and 132 soccer players aged 10-16 participated in the study. The reasons for the sport were identified through the Participation Motivation Questionnaire (PMQ). The data were analyzed through Covariance Analysis. The results indicated that, in general, the most important reason for sports practice was "Technical Competence" (4.51±0.54), followed by factors of intermediate importance: "Competition" (4.30±0.73), "Group Activity" (4.29±0.71) and "Physical Fitness" (4.25±0.64). Low-income families (C) attributed greater importance to the motivation factors related to "Social Recognition" and "Group Activity". Athletes with lower practice time conceded less relevance to "Group Activity" and "Affiliation", while those with a national competitive level demonstrated greater importance to all motivation factors, with the exception of "Competition." Young athletes have been motivated to practice sports, especially for reasons related to self-realization, improvement of technical skills and overcoming challenges. Differences were also identified between family economic class groups, practice time and competitive level in the motivation factors for sports practice.

Resumo Os motivos pelos quais atletas, especialmente jovens, buscam aderir à prática esportiva tem despertado o interesse das pesquisas. Objetivou-se identificar os motivos para a prática esportiva de atletas jovens de futebol e voleibol de acordo com o sexo, idade, classe econômica familiar, tempo de prática e nível de competitividade. Participaram do estudo 188 atletas, 56 atletas de voleibol e 132 de futebol, com idades entre 10-16 anos. Os motivos para a prática esportiva foram identificados mediante o Participation Motivation Questionnaire (PMQ). Os dados foram analisados através da Análise de Covariância. Os resultados indicaram que, de modo geral, o motivo mais importante para a prática esportiva foi "Competência Técnica" (4,51±0,54), seguido pelos fatores com importância intermediária: "Competição" (4,30±0,73), "Atividade de Grupo" (4,29±0,71) e "Aptidão Física" (4.25 ± 0.64). Atletas de classe econômica familiar inferior (C) atribuíram maior relevância aos fatores de motivação relacionados ao "Reconhecimento Social" e "Atividade de Grupo". Atletas com tempo de prática inferior concederam menor relevância para "Atividade de Grupo" e "Afiliação", enquanto aqueles com nível competitivo nacional demonstraram maior importância a todos os fatores de motivação, com exceção de "Competição". Os atletas jovens demonstraram-se motivados para a prática esportiva, especialmente, pelos motivos ligados à autorrealização, ao aperfeiçoamento das habilidades técnicas e a superação de desafios. Também foram identificadas diferenças entre os grupos de classe econômica familiar, tempo de prática e nível competitivo nos fatores de motivação para a prática esportiva.

Pattern of sedentary behavior in brazilian adolescents / Padrão do comportamento sedentário em adolescentes brasileiros

The present study objectively measured the pattern of sedentary behavior among schoolchildren from a city in southern Brazil. A probabilistic sample composed of 394 adolescents was selected from ten public schools in the city of Londrina/PR. The cut-point of 720 counts.min-1 for the vector magnitude from the ActiGraph accelerometer was used to estimate the total sedentary time, bouts (1-4 min, 5-9 min, 10-14 min, 15-29 min, and ≥ 30 min), and breaks during the week, on weekdays and at weekends, as well as at school and out of school. Adolescents spent about 10 hours per day in sedentary behavior. Total sedentary time in bouts was 50% (278 from 535 minutes) in short bouts. Adolescents demonstrated greater time in shorter bouts (< 10 minutes) within the school period and longer time in extended bouts (≥ 15 minutes) outside school (p < 0.05). Sex and socioeconomic status had no effect on sedentary time regarding bouts and number of breaks. Thus, Brazilian adolescents present high levels of sedentary time, especially during time outside school

O presente estudo mensurou objetivamente o padrão do comportamento sedentário em escolares de uma cida-de da região sul do Brasil. Amostra probabilística composta por 394 adolescentes selecionada em dez escolas públicas da cidade de Londrina/PR. O ponto de corte de 720 counts.min-1 para o vetor magnitude do ace-lerômetro ActiGraph foi utilizado para estimar o tempo sedentário total, bouts (1-4 min, 5-9 min, 10-14 min, 15-29 min e ≥ 30 min) e breaks ao longo da semana, durante dias de semana e de finais de semana, bem como no tempo na escola e fora da escola. Adolescentes gastaram cerca de 10 horas diárias em comportamento sedentário. Do tempo sedentário registrado em bouts, cerca de 50% (278 de 535 minutos) foram acumulados em bouts curtos (< 10 min). Comparativamente, adolescentes apresentaram maior tempo em bouts mais curtos (< 10 minutos) dentro da escola e maior tempo em bouts prolongados fora da escola (≥ 15 minutos) (p < 0,05). Tempo sedentário, tempo em bouts e número de breaks não foram influenciados por sexo ou nível eco-nômico. Em conclusão, adolescentes brasileiros apresentam elevados níveis de tempo sedentário, apresentando um padrão mais desfavorável no ambiente não escolar