RESUMO
Resumo OBJETIVO: avaliar o conhecimento de agentes comunitários de saúde (ACS) acerca do vírus do papiloma humano (HPV) e sua vacinação. MÉTODOS: foi realizado inquérito com ACS atuantes no município de Tubarão-SC, Brasil, em 2014; os dados foram coletados por um instrumento de avaliação do conhecimento sobre HPV e sua vacinação, validado para o idioma inglês e adaptado - transculturalmente - para o português. RESULTADOS: participaram do estudo 124 ACS; todos já haviam ouvido falar do HPV mas apenas 25,0% sobre o teste para o HPV; 72,6% acertaram menos de 70,0% das respostas do instrumento de avaliação; os ACS que acertaram mais de 70,0% dos questionamentos apresentavam, em conjunto, menor média de idade (p=0,010). CONCLUSÃO: há pouco conhecimento dos ACS sobre o HPV, o que pode repercutir em sua atuação como agentes multiplicadores de (i) prevenção de doenças e agravos, e de (ii) educação em saúde.
Resumen OBJETIVO: ese trabajo tuvo como objetivo evaluar el conocimiento de los Agentes Comunitarios de Salud (ACS) acerca del Papiloma Virus Humano (HPV) y su vacuna. MÉTODOS: realizamos un estudio transversal con ACS activos en la ciudad de Tubarão-SC, Brasil, en 2014; los datos fueron colectados a través de un instrumento de evaluación sobre el conocimiento acerca del HPV y su vacuna, validado para el inglés y adaptado para el portugués. RESULTADOS: participaron del estudio 124 ACS; todos ya tenían escuchado del HPV, pero solamente 25,0% del teste para el virus; del total de preguntas, 72,6% de los ACS respondieron menos de 70,0% de forma correcta; los que acertaron más que 70,0% tenían, en promedio, una edad más baja (p=0,010). CONCLUSIÓN: el conocimiento de los ACS acerca del HPV está debajo de lo esperado, eso puede repercutir en su actuación como agentes multiplicadores de prevención y educación en salud.
Abstract OBJECTIVE: to evaluate the knowledge of Community Health Agents (CHA) about the Human Papilloma Virus (HPV) and its vaccination. METHODS: this is a cross-sectional study with CHA who worked in Tubarão-SC, Brazil, in 2014; data were collected through an evaluation tool about HPV and its vaccination, validated for English language and translated and adapted into Portuguese. RESULTS: 124 CHA participated in this study; all of them had already heard about HPV, but only 25.0% had heard about HPV testing; 72.6% answered correctly less than 70.0% of the questions; those who answered correctly more than 70.0% were, in general, younger than the other CHA (p=0.010). CONCLUSION: CHA demonstrated little knowledge on HPV, which may affect their work as multipliers in the prevention of diseases and in education in health.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Agentes Comunitários de Saúde/estatística & dados numéricos , Infecções por Papillomavirus/prevenção & controle , Vacinas contra Papillomavirus/administração & dosagem , Brasil , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores Etários , Vacinação , Infecções por Papillomavirus/epidemiologiaRESUMO
OBJETIVOS: Descrever o perfil de medicamentos utilizados em crianças internadas em um hospital geral. MÉTODOS: Realizou-se um estudo transversal, com dados coletados nos prontuários das crianças com idades entre zero e 12 anos, internadas no período de julho de 2013 a julho de 2014 no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, Santa Catarina. Foram coletadas as variáveis idade, sexo, tempo de internação, Código Internacional de Doenças da internação e medicamentos utilizados. Os medicamentos foram classificados segundo a Anatomical Therapeutic Chemical Classification. RESULTADOS: Foram analisados 1.603 atendimentos de crianças até 12 anos no período estudado. O tempo de internação variou de um a 115 dias. O uso de medicamentos por internação variou de um a 77 medicamentos, com média de 9,84 medicamentos por paciente. Foram utilizados 211 diferentes tipos de medicamentos, sendo a maioria classificada como analgésicos atuantes no sistema nervoso central. Verificaram-se 303 códigos diferentes pelo Código Internacional de Doenças, sendo o diagnóstico mais prevalente a hipertrofia de amígdalas e de adenoides. Constatou-se a prescrição de sete tipos de fármacos não licenciados e 23 medicamentos com algum tipo de restrição para uso pediátrico. CONCLUSÕES: A média de medicamentos utilizados nas crianças internadas foi alta na amostra estudada, e a prescrição de fármacos não licenciados ou com algum tipo de restrição ao uso pediátrico foi um importante fator verificado neste estudo. Estes dados sugerem insuficiente atenção aos riscos e benefícios do uso de medicamentos em crianças, uma questão relevante que merece vigilância contínua e intensiva por diversos profissionais de saúde.
AIMS: To describe the profile of medications used in children admitted to a general hospital. METHODS: A cross-sectional study was conducted with children aged 0 to 12 years, admitted to the Hospital Nossa Senhora da Conceição, in Tubarão, state of Santa Catarina, Brazil, between July 2013 and July 2014. The following data were collected: f age, sex, length of hospital stay, International Classification of Diseases codes for hospitalization, and medications used. The Anatomical Therapeutic Chemical classification system was used for the medications. RESULTS: The medical records of 1,603 children aged up to 12 years were analyzed. The hospital stay ranged from one to 115 days. The number of medications per admission ranged from one to 77, with an average of 9.84 medications per patient. A total of 211 different types of medications were used, most of which were classified as analgesic with central nervous system activity. Tonsillar hypertrophy and adenoid hypertrophy were the most prevalent disorders diagnosed among the 303 different International Classification of Diseases codes found in this study. Seven types of unlicensed medications and 23 drugs with some kind of restriction for pediatric use were prescribed. CONCLUSIONS: The average number of medications was high in hospitalized children, and the prescription of unlicensed drugs and those with some kind of restriction for pediatric use was an important factor. These data suggest poor attention to the risks and benefits of medication use in children a relevant issue that requires continuous and intensive surveillance by different health professionals .