RESUMO
Objective: Obesity and overweight are risk factors, and also prognostic factor for cancer, including breast cancer. Studies have accessed adipokines, adiponectins and leptins as keymediators in obesity and breast cancer. Methods: This is a systematic review of observational epidemiological cohort, case-control and survival studies related adiponectin and leptin with obesity and breast cancer over the past 15 years. Fourteen studies met the inclusion criteria, assessing the relationship of adiponectin and leptin as a risk factors and prognostic in breast cancer. Results: The studies showed an inverse relationship of adiponectin and direct relationship of leptin with body mass index (BMI) and were consistent in assigning lower serum levels of adiponectin to an increased risk of breast cancer, independently of BMI and variables of insulin resistance. Patients with breast cancer have low serum levels of adiponectin and higher levels of leptin in comparison to healthy patients. Low concentration of adiponectin increases the risk of breast cancer, and low concentrations of adiponectin and high of leptin are worse prognosis no matter the factors for breast cancer in women. Conclusion: The adipokines, in complex and interrelated mechanisms, probably drive breast cancer initiation and progression.
Introdução: A obesidade e o sobrepeso são fatores de risco e prognóstico para o câncer em diferentes sítios, incluindo a mama. Estudos têm avaliado o papel das adipocinas, adiponectina e leptina, como mediadores-chave entre a obesidade e o câncer de mama. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura de estudos epidemiológicos observacionais do tipo coorte, casocontrole e de sobrevida que relacionavam a adiponectina e/ou a leptina com obesidade e câncer de mama nos 15 anos anteriores à pesquisa. Quatorze estudos preencheram os critérios de inclusão, avaliando a adiponectina e a leptina como fatores de risco e prognóstico para o câncer de mama. Resultados: Os estudos demonstraram uma relação inversa da adiponectina e uma relação direta da leptina com o índice de massa corporal (IMC), e foram concordantes em atribuir menores níveis séricos de adiponectina a um aumento no risco de câncer de mama, independentes do IMC e das variáveis de resistência à insulina. As pacientes com câncer de mama apresentaram níveis séricos baixos de adiponectina e altos de leptina, em relação às pacientes saudáveis; níveis séricos baixos de adiponectina e altos de leptina são fatores de pior prognóstico independentes para câncer de mama em mulheres. Conclusão: As adipocinas, em mecanismos complexos e inter-relacionados, provavelmente dirigem o aparecimento e a progressão do câncer de mama.