RESUMO
The seasons influence the production of buffalos milk. Because of this, the producers may produce a mixture of buffalo and bovine milk during cheese production in periods of low production. Therefore, the present work aimed to investigate fraud in buffalo cheese and the relationship between seasonality and different physicochemical properties of buffalo cheeses produced and marketed in eastern Amazonia. We obtained commercial samples of buffalo cheese during two Amazonian climatic periods from commercial points of Marajó-Pará, Brazil. After collection, there were lipid, protein, ash, and humidity analyses. Determination of carbohydrates and energy values was also performed for the nutritional characterization of samples, as well as for mPCR analysis to detect buffalo and/or bovine DNA. DNA extraction protocol of the samples was standardized and two pairs were used for the mPCR reaction, amplifying fragments of approximately 220 bp for Bubalus bubalis DNA and 346 bp fragments for Bos taurus DNA. Among the samples acquired in the rainy season, we observed that 33% were inadequately labeled, indicating fraud from cows milk incorporation and fraud from substitution of raw material. From the nine samples obtained in the dry season, all the samples showed cows milk incorporation fraud. The highest fraud rate coincided with the period of low milk production from buffalo and there was a difference in composition between fraudulent and non-fraudulent cheeses. Therefore, seasonality influences increase in cattle milk for the production of buffalo cheese, and this adulteration may decrease the nutritional content of the product.
As estações climáticas influenciam a produção de leite de búfala. Isso pode levar os produtores a misturarem os leites de búfala e bovino durante a produção de queijo em períodos de baixa produção. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo verificar fraudes em queijo de búfala, a relação com a sazonalidade e as diferenças físico-químicas de queijos de origem bubalina, produzidos e comercializados no leste da Amazônia. Foram coletadas amostras comerciais de queijo de búfala em dois períodos climáticos da Amazônia em pontos comerciais do Marajó-Pará, Brasil. Após a coleta foram realizadas análises de lipídios, proteínas, cinzas e umidade. A determinação dos carboidratos e do valor energético também foi feita para a caracterização nutricional das amostras, bem como a análise de mPCR para a detecção de DNA de búfalo e/ou bovino. Para isso, padronizou-se um protocolo de extração de DNA das amostras e utilizou-se dois pares na reação mPCR, amplificar fragmentos de aproximadamente 220 pb para o DNA de Bubalus bubalis e fragmentos de 346 pb para o Bos taurus. Entre as amostras adquiridas na estação chuvosa, observou-se que 33% foram rotuladas inadequadamente, caracterizando fraude por incorporação de leite de vaca e fraude por substituição de matéria-prima. Das 9 amostras coletadas no período seco, todas as amostras apresentaram fraude na incorporação do leite de vaca. Este estudo revelou que a maior taxa de fraude coincide com o período de baixa produção de leite e que há uma diferença na composição entre queijos fraudulentos e não fraudulentos. Portanto, a sazonalidade influencia no acréscimo de leite de bovinos na produção de queijo de búfala e que esta adulteração pode diminuir o conteúdo nutricional do produto.