RESUMO
No início do século XX, o Brasil vê nascerem as primeiras preocupações sociais com o câncer. Tal inquietação, relacionada à ampliação do conhecimento médico sobre a doença e à intensificação de pesquisas científicas e ações assistenciais para o seu controle na Europa e nos Estados Unidos, deu origem às primeiras iniciativas contra a doença no país. Essas tiveram como base ações filantrópicas e atividades pontuais no âmbito do Estado e deixariam como frutos as primeiras instituições direcionadas ao alívio dos que sofriam com a doença. O desenvolvimento institucional do INCA e a busca incessante de seus profissionais por diferentes formas de ampliar e humanizar o tratamento de seus pacientes possibilitam o grande aperfeiçoamento de um conjunto de atividades baseadas numa forma específica de filantropia: o trabalho voluntário. Tendo como base a doação humanitária do trabalho, o voluntariado hoje ocupa um papel central na instituição, em consonância com o crescimento desse novo modo de ação humanitária, que ocorre hoje em diversas sociedades ocidentais, como forma de apanágio do sofrimento.