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1.
Rev. Psicol. Saúde ; 13(3): 3-18, jul.-set. 2021. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1351576

RESUMO

Um desafio para as instituições de ensino superior é a formação pautada nas políticas de saúde, tendo os projetos de extensão colaborado para suprir essas demandas. Neste trabalho, investigou-se a concepção acerca do processo de formação e a humanização em saúde, pela perspectiva de ex-colaboradores de um projeto de extensão multidisciplinar. Trata-se de um estudo qualitativo-exploratório, com dados coletados por meio de entrevistas semidirigidas e analisados pela análise de conteúdo categorial. Foram delineadas categorias referentes à formação curricular, autogestão estudantil e aprendizados advindos desta prática. Foram discutidos os currículos e como uma aprendizagem pautada na autonomia, no protagonismo e no lúdico pode desenvolver habilidades singulares e essenciais para o profissional. Percebe-se, ademais, uma mudança nos paradigmas de ensino e atuação em saúde, apontando para a relevância de espaços onde os estudantes possam vivenciar processos que contemplem o âmbito político, social e subjetivo do cuidado.


A challenge for higher education institutions is education based on health policies, with extension projects that collaborate to meet those demands. In this work, the conception about the training process and humanization in health was investigated, from the perspective of former collaborators of a multidisciplinary extension project. This is a qualitative-exploratory study, with data collected through semi-directed interviews and analyzed by the categorical content analysis. Categories were outlined regarding curricular training, student self-management and learning derived from this practice. The curricula were discussed and how learning based on autonomy, protagonism, and play can develop unique and essential skills for the professional. In addition, there is a change in the paradigms of teaching and acting in health, pointing to the relevance of spaces where students can experience processes that contemplate the political, social, and subjective scope of care.


Un desafío para las instituciones de educación superior es la capacitación basada en políticas de salud, como proyectos de extensión, que colaboran para satisfacer estas demandas. En este trabajo, se investigó la concepción sobre el proceso de formación y la humanización en salud, desde la perspectiva de los antiguos colaboradores de un proyecto de extensión multidisciplinar. Este es un estudio cualitativo exploratorio, con datos recopilados a través de entrevistas semidireccionadas y analizados por análisis de contenido categórico. Se describieron las categorías relacionadas con la formación curricular, la autogestión de los estudiantes y el aprendizaje de esta práctica. Se discutieron los planes de estudio y cómo el aprendizaje basado en la autonomía, el protagonismo y el lúdico puede desarrollar habilidades únicas y esenciales para el profesional. Además, hay un cambio en los paradigmas de la enseñanza y la actuación en salud, señalando la relevancia de los espacios donde los estudiantes pueden experimentar procesos que contemplan el alcance político, social y subjetivo de la atención.

2.
Rev. Psicol. Saúde ; 13(2): 155-164, abr,-jun. 2021. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1347086

RESUMO

Buscou-se compreender as noções de saúde e intersetorialidade pelos profissionais da Atenção Primária à Saúde e verificar suas implicações no cotidiano. Para tal, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa, ancorada no interacionismo simbólico, em um município de Minas Gerais, entre fevereiro e julho de 2018. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com 59 profissionais da Secretaria Municipal de Saúde. Os resultados apontam que os profissionais que possuem o conceito ampliado de saúde como objeto de seu trabalho realizam as práticas com outras políticas públicas; já o modelo biomédico reduz a atuação ao tratamento de doenças que restringem a atuação profissional à equipe ou à rede intrassetorial. A intersetorialidade surge como estratégia de cuidado em rede, pois prioriza a integração de diferentes setores para a resolução de problemas comuns. Os resultados apontam para a necessidade de aprofundar a discussão do objeto de trabalho em saúde.


This article aims at understanding the ideas of health and intersectoriality by Primary Health Care employees and verifies their implications. To do so, a qualitative research, supported by symbolic interactionism, was developed in a municipality of Minas Gerais from February to July 2018. Semi-structured interviews with 59 employees of the Municipal Health Department were carried out. The results show that workers who absorb the concept of health expansion spread it to other public policies and/or communities' partnerships. Moreover, the biomedical model limits the performance to curative attention, restricting the employee's performance in their teams or even in intrasectoral network. The idea of intersectoriality emerges as a network care strategy since it prioritizes the integration of several sectors to solve common issues. Thus, this article may contribute to a better understanding of the work in health.


Intentamos comprender las nociones de salud e intersectorialidad de los profesionales de Atención Primaria de Salud y verificar sus implicaciones en la vida diaria. Con este fin, se realizó una investigación cualitativa, anclada en el interaccionismo simbólico, en un municipio de Minas Gerais, entre febrero y julio de 2018. La recopilación de datos se realizó a través de entrevistas semiestructuradas realizadas con 59 profesionales de la Secretaría Municipal de Salud. Los resultados indican que los profesionales que tienen el concepto amplio de salud como su objeto de trabajo realizan prácticas con otras políticas públicas; el modelo biomédico, por otro lado, reduce el desempeño para el tratamiento de enfermedades que restringen el desempeño profesional al equipo o la red intrasectorial. La intersectorialidad surge como una estrategia de atención en red, ya que prioriza la integración de diferentes sectores para resolver problemas comunes. Los resultados apuntan a la necesidad de profundizar la discusión del objeto de trabajo en salud.

3.
Rev. Psicol. Saúde ; 12(3): 63-78, set.-dez. 2020. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1155486

RESUMO

O direito à saúde da população LGBT brasileira recebeu maior atenção a partir de 2004. Entretanto a efetivação dessas políticas de Estado se encontra prejudicada, como apontam estudos desenvolvidos na segunda década do século XXI. Esta revisão de literatura entra nesse escopo de pesquisas, partindo do artigo "Homossexualidade e o direito à saúde: um desafio para as políticas públicas de saúde no Brasil", para avaliar o desenvolvimento das políticas públicas em saúde voltadas para a população LGBT brasileira entre 2013 e 2019. As pesquisas por artigos deram-se nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia Brasil (BVS-Psi), SciELO e PsycINFO. Seis dos 81 artigos encontrados preenchiam os critérios de inclusão. Questionou-se como a socialização dos agentes de saúde em contextos LGBTfóbicos leva a práticas contrárias aos princípios das políticas nacionais voltadas para a proteção dos direitos à população LGBT. Propõe-se fortalecimento das ações educativas voltadas para dissolução de preconceitos.


The Brazilian LGBT population's right to health received more attention as of 2004. However, as studies developed in the last ten years point out, these State policies are still undermined. This literature review enters this research scope considering the article "Homossexualidade e o direito à saúde: um desafio para as políticas públicas de saúde no Brasil" (Homosexuality and the right to health: a challenge for the health public policies in Brazil) to evaluate the changes in the LGBT population's healthcare between 2013 and 2019. We researched in the databases "Biblioteca Virtual em Saúde -Psicologia Brasil" (BVS-Psi), SciELO, and PsycINFO. Out of 81 articles, six of them fulfilled the inclusion criteria. How the socialization of health agents in LGBT-phobic contexts causes their practices to contradict the national policies for the protection of the LGBT population was questioned. The proposal is to strengthen educational actions to mitigate prejudices


El derecho de la población LGBT brasileña a la salud recibió mayor atención el 2004. Sin embargo, según estudios conducidos a partir de 2010, esas políticas estatales aún se ven perjudicadas. Esta revisión de la literatura entra en el ámbito de investigación, considerando el artículo "Homossexualidade e o direito à saúde: um desafio para as políticas públicas de saúde no Brasil" (Homosexualidad y derecho a la salud: un desafío para las políticas públicas de salud en Brasil), para evaluar la atención médica de la población LGBT entre 2013 y 2019. Las búsquedas se realizaron en las bases de datos Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia Brasil (BVS-Psi), SciELO y PsycINFO. Entre 81 artículos, seis cumplían con los criterios de inclusión. Se cuestionó cómo la socialización de los agentes de salud en contextos LGBT-fóbicos hace que sus prácticas contradigan las políticas de protección de los derechos de la población LGBT. Luego, se propone fortalecer acciones educativas para mitigar prejuicios.

4.
Rev. Psicol. Saúde ; 12(3): 109-125, set.-dez. 2020. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1155489

RESUMO

Cartografamos o discurso político em que se articula o trabalho com ações de atenção em saúde. No Brasil, o universo legal da saúde mental que trata do trabalho distingue-se em anterior e posterior à Reforma Psiquiátrica. Antes, juridicamente sustentadas, as atividades de trabalho eram um instrumento de medida da ocupação do tempo livre e de avaliação da eficácia dos tratamentos manicomiais. Após a Reforma, a presença do trabalho como estratégia de atenção é crescente. A produção discursiva legal da saúde mental assumiu diretrizes como a reabilitação psicossocial e a restauração da cidadania, utilizando, como proposta, a (re)inclusão social pelo trabalho. No entanto as políticas trazem uma heterogeneidade conceitual do que se considera trabalho, com poucos esclarecimentos de suas condições concretas, aspectos que dificultam que o trabalho como estratégia de atenção propicie a (re)invenção do sofrimento psíquico intenso.


We map the political discourse in which work is articulated with health care actions. In Brazil, the legal universe of mental health that addresses work is divided in before and after the Psychiatric Reform. Previously, legally supported work activities were an instrument for measuring leisure time occupation and evaluating the effectiveness of asylum treatments. After the Reform, the presence of work as a care strategy has increased. The legal discursive production of mental health has taken on guidelines such as psychosocial rehabilitation and restoration of citizenship, using, as one of the instruments, social (re)inclusion through work. However, policies present a conceptual heterogeneity of what is considered work, with little clarification of its concrete conditions, aspects that make it difficult for work as a care strategy to foster the (re)invention of intense psychic suffering.


Mapeamos el discurso político en el que el trabajo se articula con las acciones de atención médica. En Brasil, el universo legal de la salud mental que se ocupa del trabajo se distingue antes y después de la Reforma Psiquiátrica. Anteriormente, las actividades laborales con apoyo legal eran un instrumento para medir la ocupación del tiempo libre y evaluar la efectividad de los tratamientos de asilo. Después de la Reforma, la presencia del trabajo como estrategia de atención está aumentando. La producción discursiva legal de la salud mental asumió pautas tales como la rehabilitación psicosocial y la restauración de la ciudadanía, utilizando, como uno de los instrumentos, la (re)inclusión social a través del trabajo. Sin embargo, las políticas aportan una heterogeneidad conceptual de lo que se considera trabajo, con poca aclaración de sus condiciones concretas, aspectos que dificultan el trabajo como estrategia de atención para propiciar la (re)invención del intenso sufrimiento psíquico.

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