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1.
Rev. bras. anestesiol ; 62(5): 702-708, set.-out. 2012. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-649551

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Estudo longitudinal, prospectivo, aleatório e encoberto para avaliar a influência do local de inserção do dreno pleural, de PVC atóxico, na função pulmonar e na dor pós-operatória dos pacientes submetidos à revascularização do miocárdio nos três primeiros dias pós-cirúrgicos e logo após a retirada do dreno. PACIENTES E MÉTODOS: Trinta e seis pacientes escalados para cirurgia eletiva de revascularização do miocárdio, com uso de circulação extracorpórea (CEC), em dois grupos: grupo SX (dreno subxifoide) e grupo IC (dreno intercostal). Feitos registros espirométricos, da gasometria arterial e da dor. RESULTADOS: Trinta e um pacientes analisados, 16 no grupo SX e 15 no grupo IC. O grupo SX apresentou valores espirométricos maiores do que o grupo IC (p < 0,05) no pós-operatório (PO), denotando menor influência do local do dreno na respiração. A PaO2 arterial no segundo PO aumentou significantemente no grupo SX quando comparada com o grupo IC (p < 0,0188). A intensidade da dor no grupo SX, antes e após a espirometria, era menor do que no grupo IC (p < 0,005). Houve aumento significativo dos valores espirométricos em ambos os grupos após a retirada do dreno pleural. CONCLUSÃO: A inserção do dreno na região subxifoide altera menos a função pulmonar, provoca menos desconforto e possibilita uma melhor recuperação dos parâmetros respiratórios.


BACKGROUND AND OBJECTIVES: Longitudinal, prospective, randomized, blinded Trial to assess the influence of pleural drain (non-toxic PVC) site of insertion on lung function and postoperative pain of patients undergoing coronary artery bypass grafting in the first three days post-surgery and immediately after chest tube removal. METHOD: Thirty six patients scheduled for elective myocardial revascularization with cardiopulmonary bypass (CPB) were randomly allocated into two groups: SX group (subxiphoid) and IC group (intercostal drain). Spirometry, arterial blood gases, and pain tests were recorded. RESULTS: Thirty one patients were selected, 16 in SX group and 15 in IC group. Postoperative (PO) spirometric values were higher in SX than in IC group (p < 0.05), showing less influence of pleural drain location on breathing. PaO2 on the second PO increased significantly in SX group compared with IC group (p < 0.0188). The intensity of pain before and after spirometry was lower in SX group than in IC group (p < 0.005). Spirometric values were significantly increased in both groups after chest tube removal. CONCLUSION: Drain with insertion in the subxiphoid region causes less change in lung function and discomfort, allowing better recovery of respiratory parameters.


JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Estudio longitudinal, prospectivo, randomizado y encubierto para evaluar la influencia del local de inserción del drenaje pleural, de PVC atóxico, en la función pulmonar y en el dolor postoperatorio de los pacientes sometidos a la revascularización del miocardio en los tres primeros días postquirúrgicos e inmediatamente después de la retirada del drenaje. PACIENTES Y MÉTODOS: Treinta y seis pacientes seleccionados para la cirugía electiva de revascularización del miocardio, con el uso de circulación extracorpórea (CEC), en dos grupos: grupo SX (drenaje subxifoide) y grupo IC (drenaje intercostal). Se realizaron los registros espirométricos de la gasometría arterial y del dolor. RESULTADOS: Treinta y un pacientes analizados, 16 en el grupo SX y 15 en el grupo IC. El grupo SX presentó valores espirométricos mayores que el grupo IC (p < 0,05) en el postoperatorio (PO), denotando una menor influencia de la región del drenaje en la respiración. La PaO2 arterial en el segundo PO aumentó significantemente en el grupo SX cuando se comparó con el grupo IC (p < 0,0188). La intensidad del dolor en el grupo SX, antes y después de la espirometría, era menor que en el grupo IC (p < 0,005). Se registró el aumento significativo de los valores espirométricos en ambos grupos después de la retirada del drenaje pleural. CONCLUSIONES: La inserción del drenaje en la región subxifoide altera menos la función pulmonar, provoca menos incomodidad y facilita una mejor recuperación de los parámetros respiratorios.


Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Tubos Torácicos , Ponte de Artéria Coronária , Drenagem/instrumentação , Cuidados Pós-Operatórios/instrumentação , Tubos Torácicos/efeitos adversos , Volume Expiratório Forçado , Pleura , Estudos Prospectivos , Método Simples-Cego , Espirometria , Capacidade Vital
2.
Rev. bras. anestesiol ; 62(5): 744-747, set.-out. 2012. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-649556

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O bloqueio do plexo braquial é usado para anestesia nos membros superiores. O uso da ultrassonografia (USG) como técnica de bloqueio vem se popularizando nos últimos anos, facilitando a realização do bloqueio por fornecer imagens em tempo real do plexo e das estruturas circunjacentes, além de minimizar as complicações. O objetivo deste relato foi descrever um caso de pneumotórax após bloqueio interescalênico guiado por ultrassonografia. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 49 anos, 62 kg e 1,72 m, longilíneo, tabagista, assintomático, ASA II E. Submetido a tratamento cirúrgico de fratura exposta de ulna direita com bloqueio de plexo braquial via interescalênica guiada por USG com complementação por via axilar. Após sedação e antissepsia, foi colocado o probe linear do aparelho de USG perpendicular à fenda interescalênica (12 Hz) e introduzido stimucath A50, in plane. Após visualização dos troncos nervosos, foi feita injeção de 20 mL de Ropivacaína 0,5% com complementação do bloqueio via axilar (mesmo volume e concentração de anestésico). Ao término da cirurgia, o paciente queixou-se de dor torácica ventilatório-dependente associada à dispneia e queda da oximetria de pulso (91% em ar ambiente), mantendo-se, entretanto, estável hemodinamicamente (PA = 130/70 e FC = 84 bpm). Apesar de ausculta pulmonar normal, o RX de tórax solicitado evidenciou presença de pneumotórax à direita. Feita drenagem torácica fechada em selo d'água, após a qual o paciente referiu melhoria dos sintomas. Alta em bom estado geral após oito dias. CONCLUSÃO: Apesar da visualização dinâmica das estruturas cervicais com o aparelho de USG, o bloqueio interescalênico pode resultar em pneumotórax. A cúpula pleural mais elevada do que o habitual, devido a um pulmão hiperinsuflado (tabagismo), provavelmente facilitou a punção pleural inadvertida.


BACKGROUND AND OBJECTIVES: Brachial plexus block is used for upper limbs anesthesia. The use of ultrasound-guided (USG) technique for blockade has become popular in recent years, facilitating its execution by providing real-time images of the plexus and surrounding structures while minimizing complications. The purpose of this report is to describe a case of pneumothorax following ultrasound-guided interscalene block. < CASE REPORT: Male patient, 49 years old, weight 62 kg and height 1.72 m, slender, smoker, asymptomatic, ASA II E. The patient underwent surgical repair of right ulna open fracture through USG-guided interscalene brachial plexus block with axillary supplementation. After sedation and antisepsis, the linear probe of the USG apparatus was placed perpendicular to the interscalene groove (12 Hz), and stimucath A50 introduced in plane. After visualization of nerve trunks, 20 mL of ropivacaine 0.5% was administered with axillary block suplementation (same volume and concentration of anesthetic). At the end of surgery, the patient complained of respiratory-dependent chest pain associated with dyspnea and decreased pulse oximetry (91% in room air), but hemodynamic stable (BP = 130/70 and HR = 84 bpm). Although pulmonary auscultation was normal, chest X-ray showed the presence of right pneumothorax. Water seal chest drainage was performed, after which the patient reported improvement of symptoms and was discharged from hospital in good general condition after 8 days. CONCLUSION: Despite the dynamic visualization of cervical structures with USG, interscalene block may result in pneumothorax. An unusual higher pleural dome due to the hyperinflated lung (smoking) probably facilitated the accidental pleural puncture.


JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El bloqueo del plexo braquial se usa para la anestesia en los miembros superiores. El uso del ultrasonido (US) como técnica de bloqueo se ha venido popularizando en los últimos años, facilitando la realización del bloqueo por suministrar imágenes en tiempo real del plexo y de las estructuras circunyacentes, además de minimizar las complicaciones. El objetivo de este relato, fue describir un caso de neumotórax posteriormente al bloqueo interescalénico guiado por ultrasonido. RELATO DE CASO: Paciente masculino, de 49 años, 62 kg y 1,72 m, delgado, fumador, asintomático, ASA II E. Sometido a tratamiento quirúrgico de fractura expuesta del cúbito derecho con bloqueo de plexo braquial vía interescalénica guiada por US con complementación por vía axilar. Después de la sedación y de la antisepsia, fue colocada la sonda linear del aparato de US perpendicular a la hendidura interescalénica (12 Hz) e introducido el stimucath A50, in plane. Después de la visualización de los troncos nerviosos, se inyectaron 20 mL de Ropivacaína al 0,5% con complementación del bloqueo vía axilar (el mismo volumen y concentración del anestésico). Al finalizar la cirugía, el paciente se quejó de dolor torácico ventilatoriodependiente asociado con la disnea y con la caída de la oximetría de pulso (91% en aire ambiente), manteniéndose sin embargo estable hemodinámicamente (PA = 130/70 y FC = 84 lpm). A pesar de la auscultación pulmonar ser normal, el RX de tórax solicitado arrojó la presencia de neumotórax a la derecha. Se hizo el drenaje torácico cerrado en sello de agua, después del cual el paciente dijo sentir una mejoría de los síntomas. Se le dio el alta en buen estado general en ocho días. CONCLUSIONES: A pesar de la visualización dinámica de las estructuras cervicales con el aparato de US, el bloqueo interescalénico puede dar como resultado un neumotórax. La cúpula pleural más elevada que lo habitual, debido a un pulmón hiperinsuflado (tabaquismo), tal vez haya facilitado la punción pleural inadvertida.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Plexo Braquial , Bloqueio Nervoso/efeitos adversos , Bloqueio Nervoso/métodos , Pneumotórax/etiologia , Plexo Braquial , Ultrassonografia de Intervenção
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