RESUMO
O objetivo deste trabalho é problematizar a clínica e o corpo no hospital, especificamente em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, a partir da experiência da autora como psicóloga nesse contexto. Utilizando uma metodologia cartográfica que resgata um plano de sensibilidades, frequentemente higienizadas no hospital, percorremos as singularidades dos encontros clínicos, atravessados pelos agenciamentos das instituições hospital e família. Com isso, evidenciamos as marcas homogeneizantes e apacientadoras dos encontros com o bebê prematuro que ali se encontra, mas também percebemos linhas de fuga a esses modos dominantes que abrem novas possibilidades de cuidar. Ao nos interrogarmos sobre a potência do corpo e da clínica, fomos percorrendo e afirmando uma clínica minúscula, que se compõe nos encontros singulares e coloca em cena outra ética intensiva da vida.
The aim of this study was to raise questions regarding clinical care and the body in hospital, and specifically in a neonatal intensive care unit, based on the author's experience as a psychologist in this context. Using cartographic methodology that retrieved the plane of sensitivities, which are often cleansed in hospitals, we explored the singularities of clinical encounters, with the intermediation of hospital and family institutions. Through this, we showed the homogenizing and patient-forming characteristics of encounters with premature babies present there. However, we also could see lines of flight from these dominant ways, which might open new care possibilities. In ask ourselves about the power of the body and clinical care, we went on exploring, with affirmation of clinical care for tiny babies, built through singular encounters, which brings in another intensive ethical paradigm for life.
El objetivo de ese trabajo es problematizar la clínica y el cuerpo en una Unidad de Cuidados Intensivos Neo-natal, desde la experiencia como psicóloga en este contexto. A través de una metodología cartográfica que rescata un plano de sensibilidades, a menudo higienizadas en el hospital, buscamos recorrer las singularidades de los encuentros clínicos, atravesados por las instituciones hospital y familia. Así, encontramos las marcas homogeneizantes de los encuentros con el bebé prematuro que ahí se encuentra. Pero, pudimos ver las líneas de fuga a esos modos dominantes que van abriendo nuevas posibilidades de cuidar. Cuando nos preguntamos sobre la potencia del cuerpo y de la clínica, fuimos recorriendo y afirmando una clínica minúscula que se compone en los encuentros singulares y pone en escena otra ética intensiva de la vida.