RESUMO
Este artigo discute como a indústria cultural, tal como conceituada por Adorno e Horkheimer, se consolidou como um dos elementos socializadores mais importantes na contemporaneidade, pois tem um papel formativo na subjetividade dos indivíduos e na conservação do sistema capitalista de produção. Nesse sentido, discorremos sobre a indústria cultural e a obra de arte autêntica, e suas relações com a organização subjetiva do indivíduo contemporâneo. Para explicitar como esses conceitos operam, recorremos ao exemplo do Jornalismo Policial televisivo, que encarna muitos dos processos apontados pela crítica à indústria cultural. A partir destas considerações, conclui- se que a indústria cultural, ao colonizar os mais diversos aspectos da vida individual, promove uma profunda reificação da personalidade. O indivíduo que assim se produz é o contrário do sujeito autônomo e independente, pois é incapaz de um julgamento crítico sobre sua própria condição.
This article discusses how the cultural industry, as conceptualized by Adorno and Horkheimer, has consolidated itself as one of the most important socializing elements in contemporary times, since it has a formative role in the subjectivity of individuals and in the conservation of the capitalist system of production. In this sense, we discuss the cultural industry and the authentic work of art, and its relations with the subjective organization of the contemporary individual. To explain how these concepts operate we resort to the example of television police journalism, which embodies many processes pointed out by critics of the cultural industry. From these considerations, it is concluded that the cultural industry, by colonizing the most diverse aspects of the individual life, promotes a deep reification of the personality. The individual thus produced is the opposite of the autonomous and independent subject, for he is incapable of a critical judgment on his own condition.
Este artículo discute cómo la industria cultural, tal como lo conceptualizan Adorno y Horkheimer, se ha consolidado como uno de los elementos de socialización más importantes en los tiempos contemporáneos, ya que tiene un papel formativo en la subjetividad de los individuos y en la conservación del sistema de producción capitalista. En este sentido, discutimos la industria cultural y la auténtica obra de arte, y sus relaciones con la organización subjetiva del individuo contemporáneo. Para explicar cómo operan estos conceptos, recurrimos al ejemplo del periodismo policial televisivo, que encarna varios procesos señalados por los críticos de la industria cultural. De estas consideraciones, se concluye que la industria cultural, al colonizar los aspectos más diversos de la vida individual, promueve una profunda reificación de la personalidad. El individuo así producido es lo opuesto al sujeto autónomo e independiente, ya que es incapaz de un juicio crítico sobre su propia condición.