RESUMO
O treino de força com cargas elevadas tem induzido indivíduos a apresentarem sintomas de dano muscular que incluem a dor muscular tardia. Na tentativa de diminuir sintomas e desconforto da DOMS, estratégias têm sido utilizadas, entre elas, a massagem. O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos da massagem clássica na percepção subjetiva de dor (DOMS), circunferência do braço (CIR), amplitude de movimento (ADM) e força máxima (1RM) após protocolo para indução de DOMS. Para isso, 18 adultos jovens saudáveis do gênero masculino foram divididos em três grupos (G1 = massagem; G2 = protocolo; G3 = protocolo + massagem) equalizados pelo teste de uma força máxima de flexão de cotovelo no banco Scott. O protocolo de indução de DOMS consistiu de 30 ações excêntricas musculares supramáximas (seis séries de cinco repetições a 110 por cento de 1RM). A massagem foi realizada no grupo G3 imediatamente após o protocolo durante seis minutos. As variáveis dependentes (DOMS, CIR, ADM) foram avaliadas 24, 48, 72 e 96 horas após o protocolo, enquanto a força máxima, apenas após 48 e 96 horas. Os resultados indicaram aumento na DOMS e diminuição na ADM e 1RM, similar aos de outros estudos que utilizaram protocolos semelhantes. No entanto, não houve diferenças entre os grupos G2 e G3 em nenhuma das variáveis analisadas. Pode-se concluir que com esse design experimental o protocolo utilizado foi eficaz para provocar as alterações nas variáveis analisadas e a massagem não causou nenhum benefício na recuperação das funções musculares nem na percepção subjetiva de dor.
Heavy resistance training induces to symptoms of muscle damage which include delayed onset muscle soreness (DOMS). Some strategies (i.e. massage) have been used to attenuate these symptoms and to reduce discomfort associated with DOMS. This study aimed to investigate the effects of classical massage on DOMS perception, limb girth (CIR), range of motion (ADM) and maximum strength performance (1-RM) after a muscle damage protocol. Eighteen males were divided into three groups (G1= massage-only, G2= protocol-only, G3= protocol + massage) according to their 1-RM values. DOMS-inducing protocol consisted of 30 supramaximal eccentric contractions (6 sets of 5 repetitions at 110 percent 1RM). Immediately after the protocol, classical massage was performed in G3 for 6 minutes. DOMS, CIR, ADM were assessed 24, 48, 72 and 96 hours after the muscle damage protocol, and maximum strength was evaluated only after 48 and 96 hours. Results showed increase in DOMS and reduction in ADM and 1-RM values, in agreement with other studies using similar procedures. However, there was no difference between G2 and G3 in any of the assessed variables. It can be concluded that the muscle damage protocol used in this study was effective in causing alteration in the dependent variables observed. However, classical massage was not effective to minimize the symptoms associated to exercise induced muscle damage.