Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 5 de 5
Filtrar
Adicionar filtros








Intervalo de ano
1.
Rev. bras. psicanál ; 55(4): 211-225, out.-dez. 2021. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1507904

RESUMO

Há 10 anos era proferida e publicada a palestra antinarcísica de Viveiros de Castro. Mais que mera síntese dos pontos centrais de seu perspectivismo ameríndio, o texto é explicitamente um manifesto pela descolonização do pensamento antropológico e, implicitamente, psicanalítico. Aceitando essa provocação, os autores sugerem posicionar o indígena como o estranho familiar brasileiro. Ao longo dos séculos até o presente, nota-se um esforço contínuo de recalcamento dos povos originários como um dos eixos da formação da identidade nacional. Com base nessa hipótese, os autores lançam duas perguntas: quais atributos do indígena desencadeiam tamanho esforço de recalque? Qual a função da psicanálise nessa operação? Para tal investigação, propõem um diálogo entre a antropologia de Viveiros de Castro e o conceito freudiano de Unheimliche. Apoiados nesses alicerces teóricos, argumentam que o Brasil é um país fundado sobre a experiência unheimlich e buscam rastrear esse movimento de prefixação de familiar para infamiliar do indígena brasileiro.


Ten years ago, the anti-narcissistic essay by Viveiros de Castro was published. More than a mere synthesis of the central points of his Amerindian perspectivism, the text is explicitly a manifesto for the decolonization of anthropological and, implicitly, psychoanalytic thinking. Accepting the author's provocation, the present work suggests positioning the indigenous people as the Brazilian uncanny. Over the centuries to the present, the continuous effort to repress the original inhabitants became a cornerstone of the national identity. From this hypothesis, we pose two questions: What attributes of the indigenous people trigger such a repression effort? What is the role of psychoanalysis in this operation? For such investigation, we propose a dialogue between Viveiros de Castro's anthropology and the Freudian concept of Unheimliche. Supported by these theoretical foundations, we will argue that Brazil is a country founded on the unheimlich experience, and we will seek to track this movement of prefixing the Brazilian indigenous people from familiar to uncanny.


Hace diez años se dio y se publicó la conferencia anti narcisista de Viveiros de Castro. Más que una mera síntesis de los puntos centrales de su perspectivismo amerindio, el texto es explícitamente un manifiesto para la descolonización del pensamiento antropológico e, implícitamente, psicoanalítico. Aceptando la provocación del autor, el presente trabajo sugiere posicionar al indígena como el siniestro brasileño. A lo largo de los siglos hasta el presente, ha habido un esfuerzo continuo para reprimir a los pueblos originales como uno de los ejes de la formación de la identidad nacional. Desde esta hipótesis, planteamos nuestra doble pregunta: ¿qué atributos de los pueblos indígenas desencadenan tal esfuerzo de represión? ¿Cuál es el papel del psicoanálisis en esta operación? Para tal investigación, proponemos un diálogo entre la antropología de Viveiros de Castro y el concepto freudiano de Unheimliche. Con el apoyo de estos fundamentos teóricos, argumentaremos que Brasil es un país fundado en la experiencia unheimlich.


Il y a dix ans, la conférence anti-narcissique de Viveiros de Castro a été donnée et publiée. Plus qu'une simple synthèse des points centraux de sa perspective amérindienne, le texte est explicitement un manifeste pour la décolonisation de la pensée anthropologique et, implicitement, psychanalytique. En acceptant la provocation de l'auteur, le présent ouvrage suggère de positionner l'indigène comme l'étrange familier brésilien. Au cours des siècles jusqu'à nos jours, il y a eu un effort continu pour réprimer les peuples originaux comme l'un des axes de la formation de l'identité nationale. À partir de cette hypothèse, nous posons notre double question : quels attributs des indigènes déclenchent un tel effort de répression ? Quel est le rôle de la psychanalyse dans cette opération ? Pour une telle enquête, nous proposons un dialogue entre l'anthropologie de Viveiros de Castro et le concept freudien d'Unheimliche. Soutenus par ces fondements théoriques, nous soutiendrons que le Brésil est un pays fondé sur l'expérience unheimlich.

2.
Junguiana ; 38(2): 49-62, jul.-dez. 2020.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1154779

RESUMO

Buscamos, no presente trabalho, abrir um espaço de interlocução de diferentes campos de saberes - a psicologia analítica, o feminismo decolonial e o feminismo negro - a fim de promover uma reflexão sobre o racismo na sociedade brasileira na atualidade e a importância da área clínica dentro deste contexto. O objetivo é - a partir de questionamentos que atravessaram as nossas práticas - instigar um diálogo para aprofundar de maneira plural o tema e introduzir um modo de pensar interseccional, possibilitando novas narrativas que contemplem olhares múltiplos sobre o fenômeno. Para tanto, o estudo junguiano sobre os complexos culturais demonstrou-se campo frutífero de reflexão crítica dentro da atuação clínica e de ampliação teórica a partir do diálogo transdisciplinar entre diferentes esferas de conhecimento. ■


This work aims to establish an interlocution between different areas of knowledge - analytical psychology, decolonial feminism and black feminism - in order to promote a reflection on racism in the current Brazilian society and the importance of the clinical work within this context. Our purpose is - based on a question that emerged from our practices - to instigate a dialogue to further our comprehension in a more plural way and to introduce an intersectional way of thinking, enabling new narratives that contemplate multiple perspectives on the phenomenon of racism. To this end, the Jungian study on cultural complexes proved to be a fruitful field of critical reflection within clinical practice and theoretical expansion based on the transdisciplinary dialogue between different fields of knowledge. ■


En el presente trabajo, buscamos abrir un espacio para la interlocución de diferentes campos del conocimiento - psicología analítica, feminismo descolonial y feminismo negro - con el fin de promover una reflexión sobre el racismo en la sociedad brasileña actual y la importancia del área clínica en este contexto. El objetivo fue - basado en preguntas que han atravesado nuestras prácticas - instigar un diálogo para profundizar el tema de manera plural e introducir una forma de pensar interseccional, posibilitando nuevas narrativas que contemplen múltiples perspectivas sobre el fenómeno. Por tanto, el estudio junguiano sobre los complejos culturales resultó ser un campo fructífero para la reflexión crítica dentro de la práctica clínica y de expansión teórica basada en el diálogo transdisciplinario entre diferentes esferas del conocimiento. ■

3.
Psicol. ciênc. prof ; 40(spe): e229978, 2020.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1155161

RESUMO

Resumo A pesquisa partiu das inquietações e questionamentos gerados a partir da escuta realizada aos estudantes negros e negras da Universidade Federal de Pelotas no setting terapêutico de estágios curriculares obrigatórios do curso de psicologia. Seu objetivo é compreender os movimentos de (re)existência de estudantes negros e negras em meio a invisibilidade e o silenciamento impostos pelo racismo na perspectiva de contribuir para uma escuta psicológica qualificada. O referencial teórico-metodológico parte do pensamento crítico descolonial. Trata-se de um estudo qualitativo, cuja produção do material empírico ocorreu em abril de 2019. A construção do corpus de análise se deu a partir da realização de entrevistas abertas, gravadas em áudio e transcritas. Participaram das entrevistas quatro estudantes negros e negras que receberam atendimento psicológico pelo projeto de extensão "Diz Aí". A análise foi organizada em cinco etapas para a identificação de narrativas significativas e que permitiram a sistematização de três eixos temáticos: a) violência racista e produção de subjetividade; b) (re)existência, permanência e enfrentamento ao racismo na universidade; c) o "Diz Aí" como estratégia de (re)existência. A permanência de estudantes negros e negras no espaço universitário está relacionada com as possibilidades de (re)existência e de enfrentamento à violência racista. O encontro entre iguais, a constituição de coletivos negros e a escuta clínica figuram como importantes estratégias para permanecer e existir na universidade, estilhaçando a máscara do silenciamento.


Abstract The choice of the research theme arose from the concerns and questions originated from listening to black students of Federal University of Pelotas in the therapeutic setting of the Psychology Course compulsory curricular internships. This paper analyzes the movements of black student (re)existence amidst the invisibility and silencing imposed by racism so as to contribute to a qualified psychological listening. The theoretical and methodological framework is based on decolonizing critical thinking. This qualitative study used empirical material produced in April 2019. The corpus of analysis selected was recorded and transcribed open interviews applied to four black students who received psychological care by the project 'Diz Aí' (Say It). The analysis was organized in five steps to identify meaningful narratives that further allowed systematization into three thematic axes: (i) Racist violence and production of subjectivity; (ii) (Re)existence, permanence and racism fighting in the university; (iii) The project Say It as a strategy of (re)existence. The permanence of black students in the university space is related to the possibilities of (re)existence and fighting against racist violence. Conversion into equals, the building of black collectives and clinical listening are important strategies that must exist and remain in the university as a way to shatter the silencing mask.


Resumen La elección del tema de la investigación ha partido de las inquietudes y cuestionamientos generados a partir de la escucha realizada a los estudiantes negros y negras de la Universidade Federal de Pelotas en el setting terapéutico de las prácticas curriculares obligatorias del grado de Psicología. Tiene como objetivo comprender los movimientos de (re)existencia de estudiantes negros y negras en medio a la invisibilidad y el silenciamiento impuestos por el racismo, en la expectativa de contribuir a una escucha psicológica calificada. El referente teórico-metodológico parte del pensamiento crítico decolonial. Se trata de un estudio cualitativo, y la recopilación del material se llevó a cabo en abril de 2019. La construcción del corpus de análisis se ha dado a partir de la realización de entrevistas abiertas, grabadas en audio y transcritas. Participaron en las entrevistas cuatro estudiantes negros y negras, que han recibido atendimiento psicológico por el proyecto de extensión "Diz Aí". El análisis ha sido organizado en cinco etapas para identificar narrativas significativas las cuales han permitido la sistematización en tres ejes temáticos: a) Violencia racista y producción de subjetividad; b) (Re)existencia, permanencia y afrontamiento al racismo en la universidad; y c) El "Diz Aí" como estrategia de (re)existencia. La permanencia de estudiantes negros y negras en el espacio universitario está relacionada con las posibilidades de (re)existencia y de afrontamiento a la violencia racista. El encuentro entre iguales, la constitución de colectivos negros y la escucha clínica figuran como importantes estrategias para permanecer y existir en la universidad, destrozando la máscara del silenciamiento.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto Jovem , Psicologia , Estudantes , Terapêutica , Violência , Racismo , Movimento , Papel , Pensamento , Universidades , População Negra , Motivação
4.
Rev. polis psique ; 10(2): 33-52, 2020.
Artigo em Português | INDEXPSI, LILACS | ID: biblio-1103128

RESUMO

Este artigo decorre de uma pesquisa de doutorado que investigou a noção de experiência nos artigos sobre a Gestão Autônoma da Medicação no Brasil publicados entre 2011 e 2018. Nele, aborda-se um dos aspectos evidenciados pela pesquisa: a discussão da noção de experiência a partir da perspectiva decolonial, na companhia de autores como Achille Mbembe, Gayatri Spivak e Conceição Evaristo, com o objetivo de aproximar tal discussão das particularidades que dizem respeito à população brasileira quanto ao tema das subalternidades e das relações raciais. Os resultados apontam para a invisibilidade e o silenciamento a respeito de tais questões na produção referente à estratégia GAM durante o período mencionado. Ao mesmo tempo, são localizadas passagens onde os usuários fazem resistência e apresentam saídas para enfrentar a opressão. Assim, reconhece-se na GAM um potencial antirracista que pode vir a se fortalecer.


This article stems from a doctoral research that investigated the notion of experience in the articles on Autonomous Medication Management in Brazil published between 2011 and 2018. In it, one of the aspects highlighted by the research is discussed: the discussion of the notion of experience from the decolonial perspective, in the company of authors such as Achille Mbembe, Gayatri Spivak and Conceição Evaristo, with the aim of bringing this discussion closer to the particularities that concern the Brazilian population on the subject of subalternities and race relations. The results point to invisibility and silencing about such issues in the GAM strategy during the period mentioned. At the same time, passages are located where users resist and present exits to face oppression. Thus, we recognize in GAM an anti-racist potential that can be strengthened.


Este artículo se deriva de una investigación doctoral sobre la noción de experiencia en los artículos de la Gestión Autónoma de la Medicación en Brasil publicados entre 2011 y 2018. En él, se discute uno de los aspectos destacados por la investigación: la discusión de la noción de experiencia desde la perspectiva descolonial, en compañía de autores como Achille Mbembe, Gayatri Spivak y Conceição Evaristo con el objetivo de acercar esta discusión a las particularidades que preocupan a la población brasileña en materia de subalternidades y relaciones raciales. Los resultados apuntan a la invisibilidad y al silencio sobre tales problemas en la estrategia GAM durante el período mencionado. Al mismo tiempo, los pasajes se ubican donde los usuarios resisten y presentan salidas para enfrentar la opresión. Por lo tanto, reconocemos en la GAM potencial antirracista que se puede fortalecer.


Assuntos
Participação do Paciente , Relações Raciais , Saúde Mental , Brasil , Canadá , Comparação Transcultural , Transtornos Mentais/tratamento farmacológico
5.
Rev. polis psique ; 9(n.esp): 107-127, 2019.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1100704

RESUMO

O presente artigo tem por finalidade colocar em problematização o colonialismo invisível presente nas práticas de pesquisa. Inspirados pela perspectiva decolonial e pela perspectiva da filosofia da diferença, os autores optaram por utilizar elementos ficcionais para colocar em questão o lugar do pesquisador, principalmente, do pesquisador-trabalhador no seu encontro com o campo de pesquisa. O texto se move através do problema que se coloca por entre-sujeitos, entre-lugares e entre-saberes da e na pesquisa, buscando discutir se é possível uma pesquisa decolonial. O artigo propõe, mesmo para metodologias em que o pesquisar e o pesquisador se constituem no processo da investigação, que o pesquisador esteja atento ao "colonizador que o habita". Trata-se de estar atento ao fato de que sua simples presença no campo marca uma diferença com relação ao outro, colocando-o neste limiar colonizador/não colonizador.


This paper aims to problematize the invisible colonialism present in the research practices. Inspired by the decolonial perspective and by the perspective of the philosophy of difference, the authors choose to utilize fictional elements to put into question the role of the researcher, mainly, the worker-researcher in their encounter with the research field. The text movesthrough the problem that arises amid-subjects, amid-places and amid-knowledges of and in the research, seeking to discuss the possibility of a decolonial research. The article proposes, even for methodologies in which the research and the researcher constitute in the process of investigation, that the researcher is alert to the "colonizer who inhabits themselves". It's about being aware to the fact that just being in the field sets a difference in relation to the other, putting him in a threshold colonizer/not colonizer.


El presente artículo tiene la finalidad de colocar bajo problematización el colonialismo invisible presente en las prácticas de investigación. Inspirados por la perspectiva decolonial y por la perspectiva de la filosofía de diferencia, los autores optaron por utilizar elementos ficcionales para poner en cuestionamiento el lugar del investigador, principalmente, del investigador trabajador en su encuentro con el campo de investigación. El texto se mueve a través del problema que se ubica por entre-sujetos, entre-lugares y entre-saberes de y en la investigación, buscando debatir si es posible una investigación decolonial. El artículo propone, aun para las metodologías en que el investigar y el investigador se constituyen en el proceso de la investigación, que el investigador esté atento al "colonizador que le habita". Se trata de estar atento al hecho de que su mera presencia en el campo marca una diferencia en relación al otro, colocándolo en este límite colonizador/no colonizador.


Assuntos
Psicologia Social , Pesquisa , Pesquisadores/psicologia , Colonialismo , Sujeitos da Pesquisa
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA